Aberto ao público em 1954 com 2.400 lugares, era considerado a maior sala de cinema da América Latina e marcou toda uma geração de espectadores, ávidos por assistir as chanchadas da Atlântida Cinematográfica e filmes norte-americanos estrelados por astros como James Dean, Marilyn Monroe e Elvis Presley. A entrada do cinema era o ponto de encontro da juventude transviada. A calçada em frente ao cine vivia apinhada de lambretas com rapazes e moças se aglomerando no local.
Até o princípio da década de 1980 o Imperator
teve uma freqüência de público bastante generosa, com extensas filas na
galeria de acesso à sala (galeria que esteve ocupada até o inicio das obras por uma feira de
artesanato). Filmes nacionais como os dos Trapalhões e Dona Flor e Seus Dois Maridos, e estrangeiros como ET e Tubarão, atraíam uma legião de cinéfilos ao Imperator.
Decadência
Com o surgimento de grandes shoppings centers, o Imperator
entrou numa fase de decadência, onde o esvaziamento de público resultou
em significativos prejuízos, que obrigaram ao encerramento de suas
atividades em 1986.
Neste período sua importância na vida cultural da cidade foi de tal
monta que moradores da zona sul carioca, região ofertada pelos mais
renomados espaços de entretenimento, cruzavam o Túnel Rebouças para privilegiar os shows produzidos pela casa de espetáculo.
A imagem do abandono
No ano de 1995
o Imperator foi novamente fechado. Esse novo encerramento das
atividades fez nascer o temor de que o local se transformasse em uma igreja evangélica, tal como ocorreu com muitos outros cines do Rio de Janeiro. No ano seguinte porém a casa reabriu com o show de Roberto Carlos. Os mais de dois mil ingressos postos a venda se esgotaram rapidamente.
Isso porém não foi capaz de contornar novos sinais de prejuízo. A casa começou a ceder espaço para a realização de matinês comandadas por DJs do mundo funk carioca. Com a lucratividade cada vez mais escassa o Imperator fechou novamente as suas portas.
Em 2002 o então governador Anthony Garotinho
determinou a desapropriação do local prometendo a implantação de um
centro cultural que contaria com cinema, teatro e cyber café.
Entretanto, não conseguiu, em seu mandato, concretizar a promessa.
Desistindo do projeto feito no governo do marido, a ex-governadora Rosinha Matheus assinou um decreto determinando a transformação do espaço no Centro Cultural Casa de Samba que contaria com espaços destinados para o samba, grupos de cinema, música e escola de circo. O decreto de Rosinha também previa biblioteca, palco para shows de lançamento de CDs e shows.
Foi com imensa alegria que os moradores do Méier viram o início das obras do futuro
Centro Cultural João Nogueira em fevereiro de 2011. As obras estão
previstas para durar cerca de um ano. A antiga casa de shows vai reunir
três cinemas, teatro com capacidade para 850 pessoas, restaurante, sala
de exposições, livraria, café, restaurante, bistrô e uma área verde de
1.200 metros quadrados, tornando-se um local de convivência e diversão
para os moradores de uma das áreas mais tradicionais da cidade.
No tempo da feira de artesanato
Contagem regressiva: Segundo a prefeitura, ainda neste semestre o novo Imperator será inaugurado.
Fonte
Wikipedia
Jornal Extra
Imperator será reinaugurado em junho com show em homenagem a João Nogueira
Centro cultural do Méier, que ganhou o nome do sambista, estava fechado desde 2005
O Globo On Line
Fachada do Imperator ainda em obras
Extra / Agência O Globo / Fábio Guimarães
RIO - O Imperator - Centro Cultural João Nogueira será inaugurado no
dia 12 de junho, anunciou o prefeito Eduardo Paes na manhã desta
sexta-feira. O show de abertura terá Diogo Nogueira cantando as canções
do pai, homenageado no novo nome do espaço, com a participação de
Alcione e a bateria da Portela. A primeira noite será fechada para
convidados. No dia 15, o mesmo show será aberto ao público.
O
espaço, cujas obras começaram no dia 21 de dezembro de 2010 e custaram
R$ 28 milhões, terá uma área multiuso para shows e apresentações
teatrais, além de três cinemas, sala de exposições, restaurante e café.
—
A inauguração do espaço tem o simbolismo do fim de uma era em que o
subúrbio era tratado como uma área que não merecia algo sofisticado. A
alma carioca é formada por diferentes cantos, mas ela nasce no subúrbio —
disse Paes, que brincou que gostaria de cantar na inauguração da casa. —
Queria que fosse "Diogo e Eduardo cantam João", mas minha assessoria me
recomendou ficar só na plateia para não perder os votos que me restam.
A programação pretende abarcar shows, musicais, peças de teatro, espetáculos de dança, atrações infantis.
—
O primeiro fim de semana terá Diogo Nogueira, no segundo teremos shows
do Cidade Negra e, para o terceiro, estamos fechando Léo Jaime. Em
outubro, teremos a estreia de um monólogo de Marco Nanini. A primeira
exposição será sobre João Nogueira, com curadoria de Ricardo Cravo
Albim. Estamos fechando também uma parceria com o (site de crowdfunding) Queremos — disse Aniela Jordan, produtora cultural responsável pela curadoria da casa.
Segundo
Aniela, os ingressos para os shows realizados na casa devem custar
entre R$ 50 e R$ 60. As peças terão preços entre entre R$ 40 e R$ 50 e
os espetáculos infantis, de R$ 25 a R$ 30. Um sistema de poltronas
retráteis permitirá que o teatro abrigue 610 pessoas sentadas e 1,5 mil
em pé. As três salas de cinema e o restaurante ainda estão em processo
de licitação e serão inaugurados posteriormente. O Imperator, que no
passado recebeu astros da música internacional como Bob Dylan, Beastie
Boys e TinaTurner, estava fechado desde 2005.
Não sabia dessas "idas e vindas" do Imperator. Será que agora dará certo? O espaço é muito bom e pode se tornar bastante popular.
ResponderExcluirEu gostaria de comprar o show do Information Society em 93 no Imperator. Pago Bem!
ResponderExcluirfcv_rj28@hotmail.com