José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido como Jamelão (Rio de Janeiro, 12 de maio de 1913 –
Rio de Janeiro, 14 de junho de 2008), foi um cantor brasileiro,
tradicional intérprete dos sambas-enredo da escola de samba Mangueira.
Nasceu no bairro de São Cristóvão e passou a maior parte da juventude no
Engenho Novo, para onde se mudou com seus pais. Lá, começou a
trabalhar, para ajudar no sustento da família - seu pai havia se
separado de sua mãe. Levado por um amigo músico, conheceu a Estação
Primeira de Mangueira e se apaixonou pela escola de samba.
Ganhou o apelido de
Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital
fluminense. Começou ainda jovem, tocando tamborim na bateria da
Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
Passou para o
cavaquinho e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Foi
"corista" do cantor Francisco Alves e, numa noite, assumiu o lugar dele
para cantar uma música de Herivelto Martins.
LP de 1974
A consagração veio
como cantor de samba. Sua primeira gravadora foi a Odeon. Depois,
trabalhou para a Companhia Brasileira de Discos, Philips e mais tarde
para a Continental, onde gravou a maioria de seus álbuns, para a RGE e
depois para a Som Livre. Entre seus sucessos, estão "Fechei a Porta"
(Sebastião Motta/ Ferreira dos Santos), "Leviana" (Zé Kéti), "Folha
Morta" (Ary Barroso), "Não Põe a Mão" (P.S. Mutt/ A. Canegal/ B.
Moreira), "Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim), "Exaltação à Mangueira"
(Enéas Brites/ Aluisio da Costa), "Eu Agora Sou Feliz" (com Mestre
Gato), "O Samba É Bom Assim" (Norival Reis/ Helio Nascimento) e "Quem
Samba Fica" (com Tião Motorista).
De 1949 até 2006,
Jamelão foi intérprete de samba-enredo na Mangueira, sendo voz principal
a partir de 1952, quando sucedeu Xangô da Mangueira. Em janeiro de
2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo então
presidente Fernando Henrique Cardoso. Também Foi intérprete da Escola
de Samba Paulistana Unidos do Peruche nos anos de 1988,1989,1994 e 1998 e
sempre foi recebido com muita estima pela comunidade. Diabético e
hipertenso, Jamelão teve problemas pulmonares e, desde 2006, sofreu dois
derrames. Afastado da Mangueira, declarou em entrevista: "Não sei
quando volto, mas não estou triste."
Morreu às 4hs do
dia 14 de junho de 2008, aos 95 anos, na Casa de Saúde Pinheiro Machado,
em sua cidade natal, por falência múltipla dos órgãos. O enterro foi no
Cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipedia
No ano do centenário de seu maior intérprete, a Mangueira preferiu "homenagear" a cidade de Cuiabá. Coube a Unidos do Jacarezinho prestar essa homenagem no grupo de acesso.
"Eu aprendi a gostar do Vasco muito garoto,
primeiro por uma questão de simpatia pela camisa, depois pela atitude
bacana do clube, incluindo jogadores de cor em sua equipe, num gesto
pioneiro no Brasil em times de futebol. Essa iniciativa me cativou definitivamente e me sinto felicíssimo, hoje, pela minha escolha de menino”.
Jamelão, sobre seu amor pelo Vasco
Jamelão, sobre seu amor pelo Vasco
Fonte Supervasco.