sexta-feira, 29 de março de 2013

Sabado de Aleluia - Vamos malhar o Judas

                                                         Quadro de Camilo Tavares

Sábado de Aleluia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
  
O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. 
Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta feira santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da liturgia das horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.
Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.
O Sábado Santo pode cair entre 21 de março e 24 de abril No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.
Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.
 
Deu no Jornal Folha de Pernambuco

Qual adolescente de hoje sabe o que é a brincadeira da malhação de Judas? Ela é uma tradição ligada a Semana Santa que, praticamente, sumiu das grandes cidades, mas ainda persiste na zona rural de municípios menores. Há alguns anos, hoje seria o dia de confeccionar um boneco, feito de serragem ou estopa, e vestido com calça, blusa, sapatos e demais adereços que lembrassem um homem de verdade. Depois de preparado, ele era amarrado em um poste até a hora fatídica. À meia-noite, era surrado em lembrança à traição de Judas Iscariotes a Jesus de Nazaré.

Antropologicamente, estudiosos atribuem o significado de malhar, ou matar, o Judas a exterminar um representante do mal que existe na sociedade. O bispo de Caruaru, Dom Bernardino Marchió, vai além e acredita que, ao malhar o boneco, as pessoas procuram se purificar. “Ele representa o desejo de combater dentro do ser humano o mal e o desrespeito”, disse o religioso. O bispo frisou que a prática não tem relação com a Igreja Católica.

A brincadeira tem origem na fé e religiosidade e remonta à Idade Média. O início da “surra” em Judas está na fundação do cristianismo, como conta o doutor em história e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Biu Vicente. “Temos que verificar que Judas é um personagem da história bíblica. E as religiões que surgiram após o incidente de Judas e sua traição a Jesus, quiseram encontrar uma maneira de culpar alguém pela morte de Jesus”, comentou o professor.

Segundo ele, a prática ganhou força desde que o cristianismo venceu os deuses, que eram seguidos em Ro­ma, e os escritos cristãos pu­seram sobre os judeus a responsabilidade da morte de Jesus. Paralelamente, entre os judeus, Judas foi es­colhido para ser responsabilizado pelos sofrimentos que Jesus passou. “Essa foi um política cultural seguida na Idade Média e na Idade Moderna, mas esse costume de encontrar algo ou alguém para assumir o erro de muitos já existia antes do cristianismo”, justificou Vicente.

Agora na lembrança da maioria, a malhação virou história de pais e avós do Interior. “Meus pais e avós passaram a tradição para mim. Era uma festa. Quem subia no poste e pegava o Judas primeiro ganhava até prêmio”, relembrou o comerciante Cicero Ludugero, de 58 anos. O autônomo José Orlando, 55, acredita que o tempo e a tecnologia acabaram com a prática da Semana Santa.


quarta-feira, 27 de março de 2013

O Genio do Crime


Seu Tomé é um homem bom, proprietário de uma fábrica de figurinhas de futebol. Existem as fáceis e as difíceis, fabricadas em menor quantidade. Quem enche o álbum ganha prêmios realmente bons. Mas surge uma fábrica clandestina que fabrica as figurinhas difíceis e as vende livremente. O número de álbuns cheios aumenta e seu Tomé não tem mais capacidade de dar todos os prêmios. Há uma revolta, as crianças querem quebrar a fábrica. Edmundo, Pituca e Bolachão, e mais adiante, Berenice, entram em cena para descobrir a fábrica clandestina. Acontece que não se trata de simples bandidos, a quadrilha é chefiada por um gênio do crime, e os meninos terão de botar a cabeça para funcionar se quiserem resolver a situação.

Esse é o texto de apresentação do Livro de J.C. Marinho Silva, O Genio do Crime.
Estudava na escola São Paulo de Braz de Pina, Galba era o meu professor de portugues e indicou esse livro para o trabalho do mês. Quem estudou na escola São Paulo nos anos 70 -80 e não sabe quem é Galba Saturnino da Silveira? Hoje na escola São Paulo tem uma sala com o nome dele. Justa homenagem.
Lembro como se fosse hoje, assim que peguei o livro, fui lendo, lendo, e acabei lendo ele inteirinho de uma tacada só. E não é livrinho fino não. 
Com personagens bem construidos, tem um universo familiar a todos os garotos daquele tempo  com album de figurinhas que davam premios, escola, hora do recreio, amigos inseparáveis, futebol, um genio do crime,  clima de misterio e um final surpreendente.
O Genio do Crime foi um livro que marcou uma geração, infelizmente emprestei o exemplar que eu tinha e fiquei sem. Anos depois comprei outro e vira e mexe dou uma lidinha.

 O Genio do Crime ganhou um subtitulo anos depois, "Uma aventura da turma do Gordo".
J.C. Marinho escreveu mais livros com a mesma turma, assim O Genio do Crime acabou sendo o primeiro dos livros dessa coleção.  Ah esse gordo aí do subtitulo é na verdade o Bolacha, um dos meninos que desvendam o misterio.  


segunda-feira, 18 de março de 2013

A Literatura de Cordel

                        A literatura de Cordel no Pavilhão de São Cristóvão
                                        Foto O Estado de São Paulo


A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.




A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.

De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.
 
                                           Foto Site do Centro de Tradições Nordestinas
                                                
 
                                            O Cordel na "Feira dos Paraibas"


É comum encontrar diversas carrocinhas dentro do pavilhão de São Cristóvão vendendo folhetos de literatura de cordel. Com um pouco de sorte, você ainda encontra o autor do folheto vendendo sua própria obra. (foto: Victor Vasco) 

Fontes:
Site do Pavilhão de São Cristóvão
Blog Tradição Nordestina
Estadao.com.br