Sábado de Aleluia
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O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro.
Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta feira santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da liturgia das horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.
Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa,
bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias
tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas
tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias
relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.
O Sábado Santo pode cair entre 21 de março e 24 de abril No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.
Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.
Qual adolescente de hoje sabe o que é a brincadeira da malhação
de Judas? Ela é uma tradição ligada a Semana Santa que, praticamente,
sumiu das grandes cidades, mas ainda persiste na zona rural de
municípios menores. Há alguns anos, hoje seria o dia de confeccionar um
boneco, feito de serragem ou estopa, e vestido com calça, blusa, sapatos
e demais adereços que lembrassem um homem de verdade. Depois de
preparado, ele era amarrado em um poste até a hora fatídica. À
meia-noite, era surrado em lembrança à traição de Judas Iscariotes a
Jesus de Nazaré.
Antropologicamente, estudiosos atribuem o significado de malhar, ou matar, o Judas a exterminar um representante do mal que existe na sociedade. O bispo de Caruaru, Dom Bernardino Marchió, vai além e acredita que, ao malhar o boneco, as pessoas procuram se purificar. “Ele representa o desejo de combater dentro do ser humano o mal e o desrespeito”, disse o religioso. O bispo frisou que a prática não tem relação com a Igreja Católica.
A brincadeira tem origem na fé e religiosidade e remonta à Idade Média. O início da “surra” em Judas está na fundação do cristianismo, como conta o doutor em história e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Biu Vicente. “Temos que verificar que Judas é um personagem da história bíblica. E as religiões que surgiram após o incidente de Judas e sua traição a Jesus, quiseram encontrar uma maneira de culpar alguém pela morte de Jesus”, comentou o professor.
Segundo ele, a prática ganhou força desde que o cristianismo venceu os deuses, que eram seguidos em Roma, e os escritos cristãos puseram sobre os judeus a responsabilidade da morte de Jesus. Paralelamente, entre os judeus, Judas foi escolhido para ser responsabilizado pelos sofrimentos que Jesus passou. “Essa foi um política cultural seguida na Idade Média e na Idade Moderna, mas esse costume de encontrar algo ou alguém para assumir o erro de muitos já existia antes do cristianismo”, justificou Vicente.
Agora na lembrança da maioria, a malhação virou história de pais e avós do Interior. “Meus pais e avós passaram a tradição para mim. Era uma festa. Quem subia no poste e pegava o Judas primeiro ganhava até prêmio”, relembrou o comerciante Cicero Ludugero, de 58 anos. O autônomo José Orlando, 55, acredita que o tempo e a tecnologia acabaram com a prática da Semana Santa.
Antropologicamente, estudiosos atribuem o significado de malhar, ou matar, o Judas a exterminar um representante do mal que existe na sociedade. O bispo de Caruaru, Dom Bernardino Marchió, vai além e acredita que, ao malhar o boneco, as pessoas procuram se purificar. “Ele representa o desejo de combater dentro do ser humano o mal e o desrespeito”, disse o religioso. O bispo frisou que a prática não tem relação com a Igreja Católica.
A brincadeira tem origem na fé e religiosidade e remonta à Idade Média. O início da “surra” em Judas está na fundação do cristianismo, como conta o doutor em história e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Biu Vicente. “Temos que verificar que Judas é um personagem da história bíblica. E as religiões que surgiram após o incidente de Judas e sua traição a Jesus, quiseram encontrar uma maneira de culpar alguém pela morte de Jesus”, comentou o professor.
Segundo ele, a prática ganhou força desde que o cristianismo venceu os deuses, que eram seguidos em Roma, e os escritos cristãos puseram sobre os judeus a responsabilidade da morte de Jesus. Paralelamente, entre os judeus, Judas foi escolhido para ser responsabilizado pelos sofrimentos que Jesus passou. “Essa foi um política cultural seguida na Idade Média e na Idade Moderna, mas esse costume de encontrar algo ou alguém para assumir o erro de muitos já existia antes do cristianismo”, justificou Vicente.
Agora na lembrança da maioria, a malhação virou história de pais e avós do Interior. “Meus pais e avós passaram a tradição para mim. Era uma festa. Quem subia no poste e pegava o Judas primeiro ganhava até prêmio”, relembrou o comerciante Cicero Ludugero, de 58 anos. O autônomo José Orlando, 55, acredita que o tempo e a tecnologia acabaram com a prática da Semana Santa.