quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Capitão Aza na Escola São Paulo



Alô, alô Sumaré! Alô, alô Embratel! Alô, alô Intelsat 4! Alô, alô criançada do meu Brasil!, aqui quem fala é o Capitão Aza, comandante e chefe das forças armadas infantis deste Brasil.
Com estas palavras, começava o programa Clube do Capitão Aza, sucesso infantil da antiga TV Tupi canal 6 que esteve no ar durante 14 anos.
Quem foi criança nos anos 70, com certeza passou as tardes vendo os desenhos animados no programa do Capitão Aza. Na época, não tínhamos loirinhas de shorts curtos e muito menos adolescentes saídos da Malhação para preencher o espaço entre um desenho e outro.
Capitão AZA foi criado em Setembro de 1966 durante a ditadura militar, servindo como homenagem a um falecido herói da FAB que lutou na Segunda Guerra Mundial, o capitão aviador Adalberto Azambuja, que era conhecido como AZA entre os aviadores.
Com seu uniforme aeronáutico e o capacete de piloto com o "A" com duas asas, era interpretado pelo ator e policial civil Wilson Vianna, e foi criado para tentar superar o programa concorrente da Rede GloboCapitão Furacão, tendo conseguido tal objetivo ao, após alguns meses, liderar a audiência junto dos mais jovens.
Capitão Aza buscava trazer à tona bons conselhos como estudar, respeitar os mais velhos, compartilhar da amizade, carinho e amor das pessoas. Sempre que possível e principalmente nos finais de semana, levava as crianças a passeios turísticos promovidos pela TV Tupi junto com os patrocinadores Riotur e Casas Sendas. Ídolo de toda uma geração, passou a fazer parte do imaginário das crianças de então, que não parecem esquecê-lo até hoje.
Infelizmente, hoje em dia não existem mais programas infantis como esse, o que vemos na televisão são programas repletos de baixarias e maus exemplos para as crianças. Acho que o Capitão Aza foi o ultimo programa infantil a ter essa linguagem civica. Era muito bom ouvir os conselhos do Capitão Aza, como respeitar pai e mãe e especialmente os professores.  

Não lembro que ano foi, provavelmente 1970 ou 1971, mas lembro bem do dia que o Capitão Aza visitou a Escola São Paulo de Braz de Pina.
Estudava de manhã, estava provavelmente no 3o ano, e antes da aula começar, como de praxe, todas as turmas faziam a formação para cantar o Hino Nacional, isso todos os dias. Estou falando de uma escola municipal. Pena que isso tenha ficado no passado.
Naquele dia especial, porem, cantamos o hino na companhia do Capitão Aza e sua assistente Martinha. Depois do hino ele contou historias, veio com uma equipe que filmou tudo e foi embora, lembro de ver colegas meus chorando naquele dia.  Dias depois todos nos assistimos, no programa dele, um trechinho que mostrava   essa visita. Dizem que eu apareci rapidinho, eu nem lembro.
O programa durou até o fim da Tupi, Wilson Viana faleceu, vitima de um terceiro infarto em 2003. 
Hoje em dia, falam que ele era um "produto" da ditadura, que estava ali fazendo lavagem cerebral e vendendo um Brasil que não existia na verdade.
Pra nos isso não faz diferença, saudades do Clube do Capitão Aza, saudades dos desenhos "desanimados" Marvel, saudades de uma epoca mágica. 

 
                                                         Meus Bonecos Marvel


Fonte Wikipedia

Sideral

Comandando uma astronave
E Rasgando o céu
Vou pisando em estrelas, constelações
Deixo longe o mundo aflito e a bomba H
Corpo livre no infinito eu vou
Na estrada do sol.
Traço rumo do meus passos na solidão
Ganho espaços nas revistas, televisões
Mas os homens se destroem
Nas guerras vãs
E vão no pó dos sonhos, ah
Em nome do amor
Eu vou Colorindo de vermelho
Este céu azul
Minha nave é um espelho
Rebrilha o sol
Pela trilha da esperança
Cantando o amor e a paz
Eu vou cantando o amor e a paz



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Bonde de São Januário


Órgão importante da ditadura de Getulio Vargas, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) não só controlava a imprensa e as diversões como também procurava interferir na criatividade dos artistas, através de "conselhos" e "sugestões". Assim, no início dos anos 1940, achando que existia muito samba fazendo a apologia da malandragem, o DIP "aconselhou" os compositores a adotarem temas de exaltação ao trabalho e condenação à boemia. 
Um dos casos mais famosos envolveu dois grandes compositores da história da MPB: Wilson Batista e Ataulfo Alves, parceiros, no início dos anos 40, no samba "O Bonde de São Januário", um sucesso na voz de Ciro Monteiro. Na versão original, a música dizia:

“O Bonde de São Januário
Leva mais um sócio otário
Só eu não vou trabalhar...

Os compositores, para evitar problemas com o poder, fizeram pequenas alterações na letra e o samba ficou assim:



Quem trabalha é que tem razão 
eu digo e não tenho medo de errar
O Bonde de São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar...



Na segunda parte, o protagonista confessa que "antigamente não tinha juízo", mas "resolveu garantir o seu futuro" e agora "vive bem", terminando por afirmar que "a boemia não dá camisa a ninguém". 
O bonde agora carregava dóceis operários para as fábricas. A boemia não dava mais camisa para ninguem. O regime procurava impor dessa maneira uma nova imagem do sambista.
 



                                        O bonde passando por São Cristóvão em 1941




O Bonde de São Januário

Quem trabalha, é que tem razão,
Eu digo, e não tenho medo de errar,
O bonde de São Januário,
Leva mais um operário,
Sou eu que vou trabalhar.

Antigamente eu não tinha juízo,
Mas hoje eu penso melhor no futuro,
(Graças a Deus)

Sou feliz,
Vivo muito bem,
A boemia,
Não dá camisa,
A ninguém,
Passe bem!


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal


O Blog Coração Suburbano deseja a todos os leitores um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo




Arvore de Natal inaugurada em 3 de dezembro no Morro do Alemão próximo a estação do teleférico

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Castelinho da Penha




Quem conhece a Penha ja ouviu falar no famoso castelinho. Infelizmente hoje ele não existe mais, funcionando no local um estacionamento que preservou apenas os muros.
Eu cheguei a ver esse castelinho, abandonado, mas estava lá. Nem foto se consegue. Depois de muito procurar encontrei essas bem antigas.
Existem muitas historias e duvidas sobre ele, quem construiu, quem morou e o que foi feito dele.
Ele ficava na esquina da Av Bras de Pina com a Rua Jose Rucas, bem no Largo da Penha, foi construído com pedras cúbicas em estilo Medieval, por volta da década de '40, dizem por um comerciante local, que morou nele até a década de '50. Depois disso, foi parar nas mãos do governo que o transformou em um IAPC (hoje INSS).



Nesta foto da pra ver como o muro era bem cuidado, ve-se a torre e 2 pessoas na janela, alem de crianças na calçada. Foto provavelmente dos anos 40.


Esta foto da mesma epoca e rica em detalhes, ve-se a Igreja da Penha, na parte de baixo à esquerda nota-se os "portões" da Penha. A torre do castelo aparece bem definida.

Segundo o livro "Historias das Ruas do Rio" de Brasil Gerson, o castelinho foi construído para residência de Plínio de Oliveira (aquele que virou nome de rua), ou que era residencia  do Padre Ricardo (outro que virou rua) . Mais tarde um sobrinho chamado Mário Diogo  deste Padre Ricardo também morou no castelinho.   Este Mário Diogo foi o mesmo que fundou o Penha  F. C. (extinto).
Sabemos que ele foi parar nas mãos do governo, sendo utilizado pelo IAPC - Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários. O IAPC foi criado durante o Estado Novo de Getulio Vargas e, após 1945, expandiu suas áreas de atuação, passando principalmente a financiar projetos de habitação popular nas grandes cidades.
Não tenho informação (por enquanto) da epoca que ele ficou abandonado, provavelmente nos anos 1970.
Nos anos 1980 ele foi demolido e apenas os muros ficaram de pé. Passou então a funcionar um estacionamento ali. Pena que naquela epoca não havia a preocupação de se preservar a historia da cidade. Talvez hoje ele ainda estivesse de pé e quem sabe sendo utilizado por alguma empresa.


E sobrou apenas o muro, aliás todo pichado, mas ainda da pra ver o que seria uma entrada

Outro angulo dos muros, na rua Jose Rucas, em frente agencia do Itau, antigo Banerj

Fontes:
Livro As Ruas do Rio de Brasil Gerson
Fotolog Rio de Historias

‘Nasci de novo’, diz taxista que estava em posto de gasolina que explodiu em Brás de Pina e não se feriu - Rio - Extra Online

‘Nasci de novo’, diz taxista que estava em posto de gasolina que explodiu em Brás de Pina e não se feriu - Rio - Extra Online

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Castelo de Oswaldo Cruz


Única edificação neomourisca civil ainda existente no Rio de Janeiro, o Pavilhão Mourisco ou Prédio Central da Fundação Oswaldo Cruz teve sua construção iniciada em 1905 e foi projetado pelo arquiteto português Luiz de Moraes Júnior, com base em croquis de Oswaldo Cruz. O traçado do prédio assemelha-se aos palácios ingleses do período Elisabetano, com utilização de torres e ameias, a valorização da entrada principal, as grandes galerias ligando as salas laterais. Já nas fachadas, paredes, pisos e forros internos impera o estilo oriental.
O prédio foi erigido sobre uma das colinas da região, sendo um bloco imponente, com sua fachada voltada para o mar e cerca de 50 m de altura. As paredes do porão são executadas em granito retirado da própria pedreira de Manguinhos. Arrematando a base do prédio há uma cinta, também em granito trabalhado. As varandas externas têm paredes em azulejo Bordalo Pinheiro e seu piso é coberto de mosaicos franceses, cuja distribuição, em variadas cores e formas, lembra os tapetes e passadeiras árabes. 

                                                   

São desconhecidas as razões que levaram Oswaldo Cruz e Luiz de Moraes Junior a optarem pelo estilo mourisco. Em seu aspecto decorativo, o pavilhão central de Manguinhos lembra o Alhambra de Granada. Possui ainda certa semelhança com o Observatório de Mountsouris, na França, que Oswaldo Cruz frequentou no período em que fez sua especialização em microbiologia.


                                   Quem passa pela Av Brasil não ve esse angulo do castelo



As origens da fundação remontam ao início do século XX com a criação do Instituto Soroterápico Federal em 25 de maio de 1900 (cujo objetivo inicial era o de fabricar soros e vacinas contra a peste). Em 1901, passou para o governo federal, com o nome modificado para Instituto Soroterápico Federal.
Em 12 de dezembro de 1907, passou a denominar-se Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (referência ao nome do bairro carioca onde fica sua sede) e, em 19 de março de 1918, em homenagem a Oswaldo Cruz, passou a chamar-se Instituto Oswaldo Cruz. Em maio de 1970, tornou-se Fundação Instituto Oswaldo Cruz, adotando a sigla Fiocruz, que continua a ser utilizada mesmo depois de maio de 1974, quando recebeu a atual designação de Fundação Oswaldo Cruz.
Seu principal objetivo é a pesquisa e o tratamento das doenças tropicais. Seu trabalho não se limitou ao Rio de Janeiro nem à pesquisa e produção de vacinas. Nas campanhas de saneamento das cidades assoladas por surtos e epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica, teve que enfrentar uma cerrada oposição e um levante popular — a Revolta da Vacina. Ao se ocupar de condições de vida das populações do interior, deu origem a debates que resultaram na criação do Departamento Nacional de Saúde Pública, em 1920.
Em 1970, o instituto e outros órgãos federais foram congregados na Fundação Oswaldo Cruz, mais conhecida como Fiocruz, atualmente considerada uma das mais importantes instituições brasileiras de pesquisa na área da saúde.




 Em 1980 o castelo mourisco foi usado como locação para o filme O Rei e os Trapalhões


A Fiocruz tem 17 unidades técnico-científicas, sendo 11 localizadas no Rio de Janeiro, 5 localizadas em outros estados brasileiros e uma unidade em Maputo, capital do Moçambique.



Uma foto rara mostra o castelo mourisco sem a Av Brasil em 1939. Observe que existia um pequeno aeroporto em Manguinhos.


                                                   Cedula de 50 mil cruzeiros de 1984





Fontes:
Site da Fiocruz
Wikipedia

domingo, 18 de dezembro de 2011

Praça do Avião


Um dos marcos da Ilha do Governador era o avião “ Gloster Meteor”, prefixo 4438, instalado defronte ao Colégio Brigadeiro Newton Braga, em 1969. Na década de 1990, o mesmo foi levado para o Museu Aeroespacial . O “Gloster”, foi o primeiro caça à jato operado pela FAB, a partir de 1953. 



          
Nessa foto de 1969 dá pra ver o onibus da linha 901 Bananal - Bonsucesso, sempre pegavámos esse onibus para ir na casa da minha tia, esse avião era uma especie de ponto de referencia.

 
 
Com a sua retirada, foi instalado na mesma base, uma réplica em fibra de vidro de um modelo AMX A – 1A , porém sem o mesmo impacto visual do avião original.



Como "compensação" pela perda do avião original, a praça passou por uma reforma e hoje em dia está muito mais bonita e bem cuidada. Será que não poderiam ter colocado um avião de verdade em vez de uma réplica?



Fontes:
Terra Fotolog da Ilha - Jaime Moraes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Itacolomi - O bairro que sumiu do mapa

                                 

Se em algum futuro distante, contarem que um bairro inteiro da Ilha do Governador, deixou de existir, certamente será considerada como mais uma lenda urbana.
No entanto, Casas, escolas, campinhos de futebol, um clube chamado Cruzeiro e até mesmo algumas amizades foram separadas em nome do progresso, quando o Itacolomi passou a ser apenas uma saudade. 



                                         Ruas do bairro enfeitadas para a Copa de 1970   


A origem do bairro remonta a época das fazendas dos Beneditinos e das Colônias de alienados, as quais se instalaram no Galeão até a década de 20.
Até o final dos anos 60, a região do Itacolomi manteve as características de uma zona rural. Casas baixas, áreas verdes preservadas e principalmente muita amizade entre os moradores. As ruas sem calçamento eram um convite a se andar descalço.
Com a construção do Aeroporto Internacional, na época conhecido como “supersônico” , toda a região foi arrasada e seus moradores alocados em outros locais .
Sob a justificativa de que as obras do Aeroporto Internacional precisavam avançar (o que nunca chegou a acontecer de fato),o governo desapropriou as casas, derrubou tudo e o Itacolomi passou a ser apenas uma lembrança na memória de seus moradores. 



Restos do casario demolido e até mesmo da Escola que lá existiu ainda são visíveis, passando-se por uma abertura no muro que separa a área do aeroporto. 


                           Itacolomi hoje, abaixo o aeroporto Antonio Carlos Jobim
                                     
Essa historia ainda não terminou de ser contada, existe uma comunidade no orkut chamada Itacolomi anos 50 a 90, em que os antigos moradores contam como era viver nesse lugar.




terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A Lenda da Pedra da Onça

Num dos recantos mais bonitos da Ilha do Governador, no final da Praia da Guanabara, estão aglomeradas grandes pedras arredondadas que parecem que foram ali colocadas cuidadosamente pelo Criador.
Uma dessas pedras, a mais alta delas, serve de pedestal para uma estátua bem singular: a estátua de um gato-do-mato ou maracajá, felino característico da Ilha do Governador no Século XVI, época em que os índios habitavam a localidade, hoje infelizmente desaparecido da região.
Pela semelhança dessa espécie com a onça, a pedra ficou conhecida como Pedra da Onça e é um dos pontos turísticos do bairro, local de onde se descortina magnífica vista e de onde se pode vislumbrar o Dedo de Deus, pico da cadeia de montanhas que formam a região serrana do estado do Rio de Janeiro.
Mas por que foi erigido nessa pedra um monumento a um felino?
Conta a lenda que uma índia da tribo ali localizada ia todos os dias, no fim da tarde, até a praia, com seu gato maracajá que criava desde filhote e lá ficava a mergulhar da pedra durante horas. Um dia, porém, a jovem índia mergulhou e não mais voltou, ficando o gato a esperá-la, olhando para o mar até não mais agüentar e morrer de fome, apesar da tentativa dos índios em retirá-lo do local.
Essa lenda, não confirmada pelos historiadores, inspirou um grupo de moradores, na década de 1920, a erguer o monumento em homenagem à fidelidade do animal. O artista plástico Guttman Bicho projetou e esculpiu o maracajá,. Em 1965 a estátua original, já bem castigada pelo tempo, foi substituída por outra que lá está até hoje.
Verdade ou não, a lenda atravessou os tempos contada pelos moradores do local e a Pedra da Onça é um lugar mágico onde qualquer pessoa sente um impulso irresistível de sentar numa pedra e ficar observando o mar, como quem espera ver a jovem índia emergir das águas e assim acalmar o espírito do fiel gato maracajá que, com certeza, ainda ronda o local esperando sua dona voltar.

http://www.ilhacarioca.com.br/a-lenda-da-pedra-da-onca


A "onça" original nos anos 1940
A "onça" atual que está lá desde 1965

sábado, 10 de dezembro de 2011

Igreja Bom Jesus da Penha


Quem passa pela Av. Braz de Pina, na Penha, mesmo estando distraído, não deixa de perceber a beleza arquitetônica da igreja, bem como o excelente estado de conservação que o prédio do templo se encontra. É a Paróquia Bom Jesus da Penha, que, graças à fé católica dos moradores dos diversos bairros de seu entorno conseguiram terminar sua construção em 1938. O padre Germano Brand foi o primeiro pároco.
Com muitas atividades pastorais, a participação de todos os paroquianos juntamente com a presença dos religiosos da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus faz com que seja uma das comunidades mais movimentadas da região. Com muitos encontros comunitários, eventos e atividades de evangelização, é natural encontrar entusiasmo no povo carioca que freqüenta a paróquia Bom Jesus da Penha.
São 73 anos de existência , mantem  uma creche chamada "Casulo Bom Jesus da Penha que atende cerca de 100 crianças dos arredores. Ao lado da paróquia, encontra-se a tradicional Igreja da Penha, um local muito conhecido por ser um centro de peregrinação e um local de turismo religioso.
Com cerca de 180 metros quadrados de área construída a igreja tem capacidade de comportar 800 pessoas sentadas. Tendo um “pé direito” (altura) de 28 metros, o templo necessitou de um tratamento acústico especial, mas a comunidade unida e acostumada à importantes vitórias, recentemente foram concluídos os trabalhos de sonorização, e hoje, o som é de altíssima qualidade.




Todos os anos, no mês de junho, a Paróquia promove nos finais de semana, uma das festas juninas mais concorridas da cidade. O Evento Já se tornou uma tradição no Rio de Janeiro, motivando moradores de todos os bairros que engloba desde os da zona norte até os da zona sul, além de atrair também moradores de cidades da baixada, como Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu e outras. Portanto, embora a Igreja de Bom Jesus da Penha ainda não esteja incluída entre as chamadas igrejas históricas do Rio de Janeiro, se impõe por sua beleza física, e, principalmente, pela fervorosa fé de seus assíduos frequentadores, merecendo assim, destaque e todo o carinho dos moradores do Rio de Janeiro.





Fonte:
Blog Quintal do Guimil
Site dos Padres do Sagrado Coração de Jesus
Filckr Mayara Xavier




domingo, 4 de dezembro de 2011

Parque Shangai


Em 23 de novembro de 1919, em uma grande exposição no Rio de Janeiro foram trazidos aparelhos de diversão, espetáculos como lutas, quiosques de alimentação, jogos de habilidades e tudo de melhor para atrair o publico surgiu o parque SHANGHAI. 
Ao longo dos anos, o parque explorava as datas comemorativas das diversas cidades. 
Assim como já acontecia no resto do mundo, começaram a ser realizadas as feiras e exposições internacionais no Brasil. Para a comemoração do centenário de independência do Brasil, foi realizada a Exposição Internacional. 
O Parque Shanghai sempre esteve presente nos grandes eventos da época da cidade e do país, pois detinha a preferência nacional já que sempre trazia novidades (como a primeira Montanha Russa da América Latina). Desses eventos destacam-se:
- Festa dos Fogos, que mobilizou toda a cidade, na Praça da República; 
- Festa do Estudante, realizada na Praia do Flamengo, atual Monumento aos Pracinhas; 
- Exposição Russa que marcou a inauguração do Pavilhão de São Cristóvão. 
Esteve, também em grandes eventos em São Paulo (festa IV centenário da cidade, exposições de Água Branca, Mooca e Brás), Curitiba, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Belém do Pará ( festa de Nazaré), Porto Alegre (festa dos Navegantes e Farroupilha). 
Em 1935, no Centenário da Revolução Farroupilha que atraiu mais de um milhão de visitantes num período de três meses, o Brasil passava a conhecer seu mais tradicional Parque de Diversões: o Shanghai. Este trouxe inovações marcantes para a história mundial dos parques, como a tematização de seus brinquedos. 
Outro importante acontecimento do setor no país aconteceu em 1954, onde foi realizada a festa comemorativa do quarto centenário da cidade de São Paulo no Parque Ibirapuera. Com uma área de aproximadamente 140 ha, é considerado uma das mais importantes áreas verdes da cidade. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e com o projeto paisagístico de Roberto Burle Marx, o parque foi idealizado como um amplo espaço de lazer e um grande centro cultural. Atualmente o parque conta com uma infra-estrutura de cultura e lazer, onde podemos encontrar parques infantis, ciclovias, pista de cooper, quadras esportivas, restaurante, lanchonetes, sanitários, museus, prédios públicos, planetário e um grande viveiro de plantas. 
O Parque Shanghai mais uma vez esteve presente, trazendo inovações tais como os programas de auditório de radio apresentados dentro do parque e atraindo multidões que queriam ver seus idolos ao vivo.  
Em 1958, ao sair da Quinta, o Parque Shanghai instalou-se em outro ponto turístico do Rio de Janeiro, junto ao Santuário de Nossa Senhora da Penha de França, onde está até hoje. 
Em 1965 durante as comemorações do quarto centenário do Rio de Janeiro, com exposição que aconteceu no Campo de São Cristovão, o Parque Shanghai implantou uma estrutura que se transformou na maior atração da exposição Russa. Nesta época alem dos grandes shows, espetáculos pirotécnicos dentre outros, realizaram-se mostras culturais e cientificas.  
         Ainda, houve a produção de um LP de um famoso palhaço brasileiro, o Carequinha, denominado “Carequinha no Parque Shanghai” onde o mesmo compôs, juntamente com um famoso compositor, Getulio Macedo, senhor muito grato ao relações públicas do Parque Shanghai, Sr. Hamilton Sbarra, que lhe dava tíquetes para brincar com seus filhos nos equipamentos. 
         Em retribuição, ele compôs músicas para todos os equipamentos existentes na época no Parque Shanghai. Essa é a única produção do gênero no mundo! 
         Atualmente, o Parque Shanghai conta com várias atrações para todas as idades, desde equipamentos para crianças até os radicais para jovens e adultos. Ainda, abrilhanta cada ano a Festa de Nossa Senhora da Penha, tradicional no Rio de Janeiro e em todo o Brasil.

http://www.parqueshanghai.com.br

                                                           Trem Fantasma

  Dragão


Rotor
                                                                       

                                                            Disco do Carequinha - 1961


                                                      Nos tempos da Quinta da Boavista

                                                Esse brinquedo é Peter Pan, existe até hoje


                                                        Chicote Pião

                                                 Roda Gigante, acho que ela mudou de lugar

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tinha uma arvore no meio do caminho


Havia, na Av do Exercito em São Cristóvão uma enorme árvore, mais precisamente uma tamarineira, dividindo a pista. A árvore não foi plantada no meio da rua. A area fazia parte da Quinta da Boa Vista, residencia da familia real, a rua so viria a surgir decadas depois, em 1922, ligando a Quinta da Boa Vista ao Campo de São Cristóvão. E a arvore foi preservada, ficando bem no meio da rua. Durante os anos 1980 trabalhei ali perto e sempre admirava aquela arvore. Ela tinha um sinal de transito que piscava sem parar. Anos se passaram e nunca mais passei ali. Ha pouco tempo voltei a passar la e reconheci a rua. Lembrei da arvore, mas ela não estava mais lá.
Procurei saber e descobri que nos anos 1990 um raio a atingiu e finalmente ela foi retirada. Muitos gostaram, ja que ela atrapalhava o transito, muitos ficaram tristes, Enfim virou historia.
Hoje passei por la novamente, e dá uma sensação que falta algo naquela rua, apesar do transito intenso,ela parece vazia.


                                                 Foto agencia O Globo 1968


A tamarineira no meio da Avenida do Exército, não está mais lá, para tristeza de muitos. No entanto, a via continua arborizada, com árvores dos dois lados. Nenhuma igual àquela.



sábado, 19 de novembro de 2011

Braz de Pina - O Bairro Jardim


Braz de Pina, foi um antigo e conhecido latifundiário, comerciante português, que vivia da pesca da baleia no século XVIII. Nessa região, de sua propriedade, existia um engenho de açúcar atravessado por uma estrada, hoje conhecida como Estrada do Porto Velho, pois ali se localizava um pequeno porto, de onde partiam suas embarcações. Naquela época o comércio da baleia era uma atividade muito próspera, pois além da carne, era aproveitado o óleo da baleia, na iluminação dos lampiões de rua e na argamassa nas construções das casas.
No início do século XX, essas terras se tornaram fazendas pertencentes a tradicionais famílias: os Gamas, os Enes e os Lobos. A Companhia Imobiliária Kosmos, adquiriu parte dessas terras, loteou, planejou e construiu um bairro modelo que se chamou Vila Guanabara, ou Braz de Pina , como se tornou conhecida, por causa da estação da estrada de ferro que ali havia sido construída anteriormente. Esse projeto foi inspirado no projeto inglês das “cidades jardim”, quando o prefeito Pereira Passos contratou urbanistas para planejar a descentralização da cidade. Vila Guanabara ou Braz de Pina, chamada a “Princesinha da Leopoldina”, destacava-se pela beleza e harmonia de seu traçado urbano. Como bairro modelo projetado, suas ruas calçadas de paralelepípedos, foram arborizadas com eucaliptos, flamboyants, ipês e sapucaias. ..As casas construídas em estilo neo colonial, na sua maioria, bangalôs ou inglês, como na construção do conhecido “castelinho”,
esquina de rua Jorge Coelho com Caraipé; ou ainda prédios estilo art deco, como o antigo cinema Santa Cecília, esquina de rua Itabira com Oricá. Através dos muros baixos das construções, podiam se ver jardins gramados e floridos. O canal da Av. Arapogi, sempre bem cuidado, era um cartão de visita com as laterais gramadas e as calçadas arborizadas com eucaliptos. O núcleo de alguns quarteirões, antecipando um atual sistema de condomínios, abrigava um pequeno bosque de eucaliptos, comum a todos os quintais.
O jornal “A Noite”, um dos mais importantes, da época noticiava numa reportagem: “Braz de Pina, parece ter sido feita de um pedaço de Ipanema ou do Leblon. O mesmo aspecto, as mesmas linhas. É um bairro digno de ser visitado e conhecido”. Ou ainda numa declaração de Herbert Moses, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da época: “Braz de Pina , é sem favor nenhum o nosso mais aprazível bairro jardim”.
Em 1929, foi inaugurada a paróquia de Santa Cecília, “Padroeira dos Músicos” e do bairro, uma construção em estilo renascentista romano, cópia fiel de uma antiga igreja em Berne, na Suíça. O prédio foi uma doação de Guilherme Guinle, presidente da Companhia Kosmos, devoto da santa, para a nova comunidade que se instalava no lugar, sendo a primeira igreja do bairro. 












                                 O casarão visto pelo angulo da Rua Jorge Coelho



                                 Igreja Assembleia de Deus, Rua Idumé
                                   
               Igreja de Nova Vida na Rua Itabira, a mesma fachada preservada do antigo cinema Braz de Pina.
                            Depois do fechamento do cinema neste mesmo local funcionou o Supermercado Leão.   


                                        Av Arapogi, IACI à direita.


                               Estudios Sergio Dutra, Rua Iricumé esquina com Av Arapogi.

                                 Colegio São João Bosco - Onde fiz o 2o grau

                         Igreja de Santa Cecilia - Sincronia perfeita entre a edificação e a natureza




                               Casa situada na Av Arapogi  ainda conserva as mesmas caracteristicas dos primórdios 
                               de Braz de Pina  inclusive os muros baixos. 


                                             Escola São Paulo, onde fiz o 1o grau

                                Praça Anhangá

               Esta casa foi reformado e conservou as caracteristicas originais. Muros baixos e grandes varandas