Voce conhece a Praça Rubey Wanderley na Vila da Penha? Não? Mas com certesa Largo do Bicão voce conhece.
No entroncamento das avenidas Meriti e Brás de Pina,
encontra-se o Largo do Bicão. O largo tem esse nome devido ao problema
da falta de água que assolava o Rio de Janeiro do Seculo 19. Era nesse local
que moradores iam buscar água, numa grande torneira pública.
Segundo o fundador da Biblioteca Comunitária Tobias Barreto, Evando dos Santos, o imperador D. Pedro II já passou pelo Largo do Bicão e foi ele quem mandou instalar a bica que deu nome ao local.
Outro
detalhe histórico lembrado por Evando é que a região do Largo do Bicão
já abrigou um quilombo de negros. A Estrada do Quitungo, que passa por
Brás de Pina, tem esse nome em referência ao quitungo, uma cesta usada
pelos negros para transportar alimentos.
Foto de 1928, onde vemos o aspecto rural do Largo do Bicão
"A palavra Penha significa pedra e foram exatamente as pedras do Rio
Irajá as responsáveis pela formação da VILA DA PENHA. É que elas
formavam verdadeiras barreiras e se transformaram em obstáculos aos
colonizadores, que navegavam com destino a IRAJÁ. Eles eram obrigados a
interromper a viagem,
onde é hoje a VILA DA PENHA, e prosseguir por terra. Com o tempo a VILA
DA PENHA transformou-se em PORTO para as embarcações e parada
obrigatória para a penetração rumo ao interior. Foi aí que começaram a
surgir as pequenas casas, pomares e hortas que caracterizam a VILA DA
PENHA a partir de 1600.
A expansão do bairro começou por volta de 1920, quando já existiam algumas fazendas com ENGENHOS DE AÇÚCAR e aguardente na região. Vários proprietários iniciaram, por conta da falência do sistema de produção de açúcar, o desmembramento e loteamento de seus terrenos. O LARGO DO BICÃO era um ponto tradicional, uma enorme BICA era utilizada para abastecer os lavradores e também cavalos e burros que serviam às explorações do interior.
A expansão do bairro começou por volta de 1920, quando já existiam algumas fazendas com ENGENHOS DE AÇÚCAR e aguardente na região. Vários proprietários iniciaram, por conta da falência do sistema de produção de açúcar, o desmembramento e loteamento de seus terrenos. O LARGO DO BICÃO era um ponto tradicional, uma enorme BICA era utilizada para abastecer os lavradores e também cavalos e burros que serviam às explorações do interior.
Atualmente,
o largo é composto por uma praça cercada de comércio, bancos,
supermercados, academias, escolas.
Fonte: Jornal O Dia.
Nunca imaginei que um dia a Vila da Penha foi um Porto para as embarcações dos colonizadores. Realmente a passagem dos séculos tranforma totalmente a geografia dos locais. Tão próximo de mim que praticamente moro na Penha a vida toda essa matéria me surpreende. Bom saber.
ResponderExcluirMuito boa esta matéria,realmente saber que esta região foi ponto importante no progresso do Rio de Janeiro é muito legal.Ainda bem que a falta d'água foi coisa do século 19.
ResponderExcluirBom demais saber sobre a história do bairro que eu nunca imaginária que onde moro seria o início de um progresso.
ResponderExcluirAdoro a Vila da Penha!
ResponderExcluirFui criado na Vila da Penha, e volta e meia, íamos no Largo do Bicao, e na Praça do Carmo. Eu gostava de morar lá, na minha infância e na adolescência.
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