COMPANHIA HANSEÁTICA DE CERVEJA
Fotos do edifício sede da Companhia Hanseática de Cerveja, que funcionava na rua José Higino 115, na Tijuca. Em 1941 foi
adquirida pela Companhia Cervejaria Brahma, que utilizou o espaço até os anos 1990 .
É um edifício eclético, com um tramo nos dois primeiros pavimentos e o resto da fachada em arcos romanos imitando tijolos, com mais dois pavimentos no torreão central.
A fábrica Hanseática era de um português chamado Severino de Oliveira e, entre outras, produzia a famosa cerveja Cascatinha.
É um edifício eclético, com um tramo nos dois primeiros pavimentos e o resto da fachada em arcos romanos imitando tijolos, com mais dois pavimentos no torreão central.
A fábrica Hanseática era de um português chamado Severino de Oliveira e, entre outras, produzia a famosa cerveja Cascatinha.
Folheto da cerveja Cascatinha - Atente para a agua salubérrima da Serra da Tijuca.
Centro Coreográfico do Rio de Janeiro
O Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, desenhado pelos arquitetos
Luiz Antônio Rangel e Ricardo Macieira, ocupa parte das instalações da antiga fábrica de cerveja, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. O
projeto conservou a imagem externa da edificação, considerada um marco
na memória do bairro, concentrando as intervenções nos interiores, para
adequá-los às especificidades do novo programa.
Ao projetar uma unidade do hipermercado Extra, no térreo e no primeiro
andar das antigas instalações da cervejaria, o
arquiteto sugeriu ao grupo controlador Pão de Açúcar que cedesse à
prefeitura carioca a utilização cultural da parte alta do prédio,
inapropriada ao novo uso. Com o sinal verde da empresa, ele buscou uma
parceria com a Secretaria Municipal das Culturas.
Foi assim que nasceu o complexo cultural, inaugurado no segundo semestre
de 2004. O centro, dedicado ao estudo e pesquisa da dança, promove
intercâmbios com artistas e especialistas, forma bailarinos, coreógrafos
e diretores, além de produzir espetáculos.
O centro é composto por salas de dança e ensaio; centro de memória com
biblioteca, videoteca e bancos de dados; sala de múltiplo uso, para
conferências, seminários etc.; apartamentos para visitantes; sala de
exposições/galeria de arte; loja de material de dança, café, auditório
para 300 pessoas e administração/serviços.
O programa foi acomodado na totalidade do segundo ao sexto andares - tudo somado, chega a cerca de 3800 metros quadrados.
A antiga fábrica é composta por dois volumes ligados: o primeiro,
erguido entre 1904 e 1914, abrigou a Hanseática, a primeira cervejaria
do Rio; o segundo, dos anos 1940, foi construído pela Christiani
Nielsen, responsável por várias instalações industriais do período.
“O bloco da Hanseática é um edifício eclético, com um tramo nos dois
primeiros pavimentos e o resto da fachada em arcos romanos imitando
tijolos, com mais dois pavimentos no torreão central”, descreve Rangel.
Ali, os interiores estavam divididos irregularmente. “Só se salvava o
salão do segundo pavimento, com esbeltas treliças de concreto”, recorda o
arquiteto.
O volume da década de 1940 fica na lateral do primeiro e, além do
pavimento de acesso, possui quatro andares-tipo. “Ele tem fachadas
semidéco, embasamento em pilares largos, tratamento vertical de cheios e
vazios nos demais pavimentos, beiral saliente e telhado aparente com
quatro águas. Os interiores são amplos e livres, com grandes
pés-direitos”, diz Rangel.
As fachadas foram restauradas com base em pesquisa iconográfica e
levantamento da pintura original. Atrás do conjunto, sobre o prédio do
hipermercado, fica o volume das salas de dança - chamado de anexo -,
sobre o qual existiam duas cúpulas, demolidas. Rangel propôs uma
releitura desse elemento com a estrutura metálica coberta por lona (este
último material não foi instalado).
O projeto foi elaborado de forma a garantir ao espaço cultural entrada e
operação independentes. Externamente, o acesso ao hall e portaria de
controle se dá por rampa e plataforma diante da escada. Ele deveria
contornar a sala de espetáculos (volume novo, não construído), passando
também pela loja de dança e café, o que, na opinião de Rangel,
favoreceria a integração com o público externo – “mas não se construiu a
sala nem se liberaram as lojas”, observa.
O acesso público ocorre, de fato, no terceiro andar, ocupado pelo centro de memória e sala de reuniões.
Do terceiro pavimento, pela escada do vazio do bloco da Hanseática,
atinge-se o andar inferior, onde estão hall de serviço, foyer, camarins
para bailarinos e a sala de dança, que, “na falta da sala de espetáculos
projetada, tornou-se espaço cênico”, informa o arquiteto.
No quarto piso ficam, além da sala de exposições, mais duas salas de
dança (no anexo). No pavimento superior (quinto), ao qual se chega por
elevador, está a administração. No último ficam os apartamentos para
visitantes, com quartos no mezanino.
CENTRO COREOGRÁFICO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Rua José Higino, 115 – TijucaTel.: (21) 2570-1247
E-mail: ccoreografico@uol.com.br
Aberto de segunda-feira a domingo, das 9h às 22h.
Muito interessante, não tinha conhecimento de nada disso. A história do Rio é muito vasta.
ResponderExcluirEsse e mais um exemplo de como se pode preservar antigos predios e casarões, não precisa por abaixo. Pena que monumentos como o Palacio Monroe tenham ido abaixo em nome do progresso.
ResponderExcluirCaro Luiz,
ResponderExcluirEu estava ansiono por este artigo seu. Trata-se de uma preciosa contribuição para a memória histórica daqui da Grande Tijuca. E, sem dúvida, o Centro Coreográfico também foi outra coisa importante que o Poder Público proporcionou à sociedade, preservando o nosso patrimônio arquitetônico antigo com atividades culturais. E até o supermercado Extra de certo modo ajuda atraindo movimento para o local.
Abraços.
Infelizmente, a historia desse prédio é contada somente a partir de 1941, quando a Bhrama o adquiriu? Gostaria de saber da fase anterior, desde a construção. Quando ele surgiu? Quem foi o construtor? Quem era o dono?Obrigado
ResponderExcluirL[a sempre foi cervejaria? De onde surgiu o nome? Gostaria enfim de saber toda a sua historia. Obrigado.
trabalhei na brahma até o fechamento em 1991, melhor emprego que eu tive
ResponderExcluirMorei na Rua Uruguai e nos anos 70, lembro de ver um incendio perto desta chaminé.
ExcluirEra muito pequeno nesta época.
Estou fazendo uma pesquisa sobre a região, gostaria de saber a fonte das imagens se possível. Obrigado
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