Em 1843, Joaquim Manuel de Macedo escreveu o romance "A Moreninha", que é
considerado o iniciador do "romantismo" na literatura brasileira. O
livro se tornou um grande sucesso e muitos acreditam que a estória
poderia ser real, ter realmente acontecido na Ilha de Paquetá, o que a
tornou nacionalmente conhecida. Até onde vai a fantasia, até onde vai a
realidade?
Macedo era estudante de medicina quando escreveu o livro. O romance foi
um grande sucesso, e se tornou um dos livros mais lidos de todos os
tempos no Brasil. O livro só foi equiparado ou talvez superado por "O
Guraraní", escrito por José de Alencar. Tanto Macedo como Alencar se
tornaram nomes muito conhecidos à sua época e também nos dias de hoje.
Macedo abandonou posteriormente a medicina, foi deputado, e se tornou
inclusive amigo próximo da familia do Imperador Pedro II, tendo
lecionado para os filhos do mesmo.
Segundo o escritor e também antigo morador de Paqueta, Vivaldo
Coracy, e também autor de um livro sobre a ilha, não existe certeza
absoluta que a estória se passe em Paquetá, ou que algum dos personagens
tenham existido de verdade em Paquetá. Existem apenas suposições acerca
disso.
Entretanto, pelo que se pode entender, Paquetá se encaixa na estória
como sendo a Ilha descrita pelo autor, de forma fantasiosa ou com
similaridades reais descritos no livro em questão.
Já existiram boatos ou vagas
hipóteses que a estória poderia ter sido inspirada em alguma moça que
morou na ilha. Talvez o escritor, quando escreveu o romance, evitou
citar o local nominalmente para evitar associações com pessoas ou
provocar polêmicas. E talvez a moreninha, transformada em personagem,
tenha existido de fato e vivido na Ilha.
Parque Temático deu nome à Pedra e Praia da Moreninha
Nos início dos anos da década de 1940, uma área pública de Paquetá,
que foi uma chácara, abrangendo o Morro de São Roque onde situa-se a
assim chamada Pedra da Moreninha (antigamente chamada de pedra do
Itanhangá), juntamente com a área da praia também chamada nos dias de
hoje de Praia da Moreninha (antigamente chamada de Praia do Itanhangá),
foi arrendada à um empresário para exploração como balneário, parte de um projeto que incluiu um hotel e um parque de diversões.
Com intuito de "marketing" ou propaganda com fins comerciais, o
empresário deu nome à esta chácara de "A Moreninha", divulgando assim a
Ilha como cenário para o romance. Alguns anos depois este contrato de
arrendamento foi extinto, e área voltou ao poder público.
A Pedra da Moreninha é ponto alto de onde se tem uma bela vista do
mar e parte da orla de Paquetá. Mas seria praticamente impossível ser um
ponto alto ou local onde a moça da história subia para ver a chegada de
alguém à distância como descrito no livro. A Pedra é muito ingreme e
não tem o acesso facilitado por escadas e e
uma ponte de madeira como fizeram posteriormente, ao transforma-la em
ponto turístico.
Subida para a pedra da Moreninha
A Vista que se tem de cima da pedra
A praia da Moreninha
A Moreninha na TV e no cinema
Dois filmes foram feitos sobre o livro A Moreninha, um de 1915 e
outro com Sônia Braga de 1970, ambos com o nome de A Moreninha.
O filme de 1915 é do tempo do cinema mudo, e não há informação se utilizaram Paquetá como cenário.
Quanto ao filme de 1970, a Ilha de Paquetá foi utilizada como cenário.
Duas telenovelas também foram produzidas, uma com Marília Pêra em 1965 e outra com Nívea Maria em 1975.
Existem muitos registros e fotos da ultima telenovela produzida pela
Globo, e a Ilha de Paqueta foi o cenário da telenovela de 1975 com Nívea
Maria. Na novela de 1965, também foram feitas cenas externas em
Paquetá.
David Cardoso e Sonia Braga no filme de 1970
Marilia Pera na novela de 1965 da novata Tv Globo
Nivea Maria e Mario Cardoso na versão de 1975
Fontes:
wwwriodejaneiroaqui.com
Blog para recordar novelas e famosos
Blog astros em revista
Wikipedia
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