sábado, 20 de outubro de 2012

A Moreninha de Paquetá

Em 1843, Joaquim Manuel de Macedo escreveu o romance "A Moreninha", que é considerado o iniciador do "romantismo" na literatura brasileira. O livro se tornou um grande sucesso e muitos acreditam que a estória poderia ser real, ter realmente acontecido na Ilha de Paquetá, o que a tornou nacionalmente conhecida. Até onde vai a fantasia, até onde vai a realidade?


Macedo era estudante de medicina quando escreveu o livro. O romance foi um grande sucesso, e se tornou um dos livros mais lidos de todos os tempos no Brasil. O livro só foi equiparado ou talvez superado por "O Guraraní", escrito por José de Alencar. Tanto Macedo como Alencar se tornaram nomes muito conhecidos à sua época e também nos dias de hoje. Macedo abandonou posteriormente a medicina, foi deputado, e se tornou inclusive amigo próximo da familia do Imperador Pedro II, tendo lecionado para os filhos do mesmo.

Segundo o escritor e também antigo morador de Paqueta, Vivaldo Coracy, e também autor de um livro sobre a ilha, não existe certeza absoluta que a estória se passe em Paquetá, ou que algum dos personagens tenham existido de verdade em Paquetá. Existem apenas suposições acerca disso.
Entretanto, pelo que se pode entender, Paquetá se encaixa na estória como sendo a Ilha descrita pelo autor, de forma fantasiosa ou com similaridades reais descritos no livro em questão.
Já existiram boatos ou vagas hipóteses que a estória poderia ter sido inspirada em alguma moça que morou na ilha. Talvez o escritor, quando escreveu o romance, evitou citar o local nominalmente para evitar associações com pessoas ou provocar polêmicas. E talvez a moreninha, transformada em personagem, tenha existido de fato e vivido na Ilha.


Parque Temático deu nome à Pedra e Praia da Moreninha

Nos início dos anos da década de 1940, uma área pública de Paquetá, que foi uma chácara, abrangendo o Morro de São Roque onde situa-se a assim chamada Pedra da Moreninha (antigamente chamada de pedra do Itanhangá), juntamente com a área da praia também chamada nos dias de hoje de Praia da Moreninha (antigamente chamada de Praia do Itanhangá), foi arrendada à um empresário para exploração como balneário, parte de um projeto que incluiu um hotel e um parque de diversões.
Com intuito de "marketing" ou propaganda com fins comerciais, o empresário deu nome à esta chácara de "A Moreninha", divulgando assim a Ilha como cenário para o romance. Alguns anos depois este contrato de arrendamento foi extinto, e área voltou ao poder público.
A Pedra da Moreninha é ponto alto de onde se tem uma bela vista do mar e parte da orla de Paquetá. Mas seria praticamente impossível ser um ponto alto ou local onde a moça da história subia para ver a chegada de alguém à distância como descrito no livro. A Pedra é muito ingreme e não tem o acesso facilitado por escadas e e uma ponte de madeira como fizeram posteriormente, ao transforma-la em ponto turístico.
 
 
                                                Subida para a pedra da Moreninha

                                                 A Vista que se tem de cima da pedra  

                                                               A praia da Moreninha

A Moreninha na TV e no cinema

Dois filmes foram feitos sobre o livro A Moreninha, um de 1915 e outro com Sônia Braga de 1970, ambos com o nome de A Moreninha.
O filme de 1915 é do tempo do cinema mudo, e não há informação  se utilizaram Paquetá como cenário.
Quanto ao filme de 1970, a Ilha de Paquetá foi utilizada como cenário.
Duas telenovelas também foram produzidas, uma com Marília Pêra em 1965 e outra com Nívea Maria em 1975.
Existem muitos registros e fotos da ultima telenovela produzida pela Globo, e a Ilha de Paqueta foi o cenário da telenovela de 1975 com Nívea Maria. Na novela de 1965, também foram feitas cenas externas em Paquetá.

                                          David Cardoso e Sonia Braga no filme de 1970

                                       Marilia Pera na novela de 1965 da novata Tv Globo

                                          Nivea Maria e Mario Cardoso na versão de 1975  

Fontes:
wwwriodejaneiroaqui.com 
Blog para recordar novelas e famosos
Blog astros em revista
Wikipedia


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