A Serra da Misericórdia abrange cerca de 43,9 km2 no município do Rio de Janeiro, e está localizada após uma faixa de baixada de aproximadamente 6 km a norte do Maciço da Tijuca e 3 km da costa oeste da Baia de Guanabara no ponto mais próximo de seu relevo: o bairro da Maré. O maciço da Misericórdia chega a aproximados 260 metros de altitude em seu pico culminante a Serra do Juramento.
Estende-se por 27 bairros do suburbio carioca, entre eles: Abolição, Bonsucesso, Bras de pina, Cavalcante, Cascadura, Complexo do Alemão, Del Castilho, Engenho da Rainha, higienópolis, Honório Gurgel, Inhaúma, irajá, Madureira, Olaria, Penha, Penha Circular, Piedade, Pilares, Ramos, Rocha Miranda, Tomás Coelho, Turiaçú, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho, Vila Kosmos e Vista Alegre.
Os dados históricos
sobre a Serra da Misericórdia remontam o primeiro ciclo agrícola. Entre os
séculos XVII e XIX, servia como fronteira entre as importantes freguesias
rurais de Inhaúma e Irajá, que mais tarde se converteram em freguesias urbanas
e finalmente em bairros suburbanos da cidade do Rio de Janeiro.
Estando dentro da
macro bacia hidrográfica da Baia de Guanabara destacam-se como principais
corpos hídricos da região: O Canal do Cunha, o Canal da Penha, os rios Jacaré,
Faria, Timbó (que tem suas águas enriquecidas por inúmeros afluentes na Serra
da Misericórdia), Faria-Timbó, Cachorros (com suas nascentes na Misericórdia),
Irajá e Ramos; onde se situa a Praia de Ramos, considerada pelos órgãos
públicos como “a mais poluída do Brasil”.
Considerando-se os
bairros inseridos na Serra da Misericórdia, vivem 897.797 mil habitantes na
região, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE –
1996), dos quais grande proporção vive nas 98 favelas existentes (Instituto
Pereira Passos – 1998). Destacam-se os Complexos do Alemão, Complexos da Penha
e Juramento considerados a área mais violenta da cidade, (Secretária de Estado
de Segurança Publica SESP – 2002).
Foto: Allan Lucas |
Antes da conquista da Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU), estabelecida pelo Decreto nº 19.144, de 14 de novembro de 2000, não havia nenhum controle sobre a poluição dos bairros circundantes ao maciço da Misericórdia. Havia a presença de três pedreiras com suas jazidas de granito na região, com emissão do esgoto industrial na água dos rios da Serra da Misericórdia, que transportavam metais pesados e detritos orgânicos para a Baia de Guanabara. Com a perda da vegetação original, houve a destruição da estrutura do solo que é necessário à sua agregação e firmeza, causando a impermeabilização, ressecamento dos rios que dependem da vegetação e a aceleração da erosão e do assoreamento, pondo em risco muitas comunidades que viviam nas encostas.
A Serra da Misericórdia é considerada parque e área de preservação ambiental desde 16 de dezembro de 2010, a partir do Decreto nº 33280, que nomeou o Parque Municipal da Serra da Misericórdia como Parque Municipal Urbano da Serra da Misericórdia, e estabeleceu seus limites. Na prática, o reconhecimento significa que o local será destinado ao lazer, à prática esportiva, à recreação em meio à natureza, à promoção da educação ambiental e à valorização das manifestações culturais e tradições locais, e a ações de proteção às áreas de reflorestamento, à fauna, às nascentes e mananciais de água existentes no local.
- VERDEJAR - SOCIOAMBIENTAL (Referencia de trabalho e militância de 15 anos sobre a Preservação da Serra da Misericórdia)
Amigos os dados do blog da aliançapelamisericordia foram tirados do site da ong Verdejar, inclusive consta no citado blog a referência. Por favor poderia retificar a referência destas informações obrigado
ResponderExcluirEdson Gomes
Obrigado Marcelle, já corrigimos, se voce quiser fazer qualquer divulgação fique a vontade aqui ou no nosso facebook Um Coração Suburbano. Abraços.
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