Todos os anos no mes de dezembro os comerciantes e moradores do entorno da Praça do Carmo montam um presépio, fica bem na esquina das Av Bras de Pina com Vicente de Carvalho. Desconheço de quem foi a iniciativa da montagem desse presépio, quando foi a primeira vez que ele foi montado e outras curiosidades, se alguem souber comente por favor. Só sei que vejo esse presépio ha muitos anos neste local. Fui lá hoje, Natal, e posto agora as fotos que tirei. Ah a menininha que aparece em algumas fotos é Yohanna, minha filha.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Odetinha, a Santa de Madureira
Odette Vidal de Oliveira nasceu em Madureira em 15 de
setembro de 1930. Chamada carinhosamente pelos pais de Odetinha, lírio
de pureza e caridade, dotada de um amor extraordinário a Jesus
Eucarístico, ia à missa com sua mãe. Desde muito pequena, aos quatro
anos, já possuía colóquios íntimos com Jesus no Santíssimo Sacramento.
Tendo se mudado para o bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio, fez a sua
Primeira Comunhão no Colégio São Marcelo, da Paróquia Imaculada
Conceição, ao lado de sua casa, em 15 de agosto de 1937, aos sete anos
de idade. Desde então, ao receber a comunhão, dizia: “Oh meu Jesus,
vinde agora ao meu coração!” Seu confessor atestou sua fé viva,
confiança inabalável, intenso amor a Deus e ao próximo.
Demonstrou profunda caridade para com os pobres e a busca da santidade
de forma impressionante e extraordinária para uma criança tão nova.
Inserida de fato na causa de promoção dos mais carentes, gostava muito
de ajudá-los com obras concretas de misericórdia e atividades
caritativas semanais (sua mãe fazia uma feijoada aos sábados para os
pobres a seu pedido, e ela colocava seu avental e servia a todos
alegremente). Irradiou e inspirou uma imensa obra social, assumida com
seriedade pelos seus pais, tornando-os grandes apóstolos da caridade por
toda sua vida. Estes colaboraram efetivamente com muitos institutos
religiosos, salvando alguns da falência, além do trabalho com as
meninas órfãs (um pedido de Odetinha), até hoje administrados por
religiosas e voluntários.
Sua piedade explica o segredo de todo o bem que realizou com máxima
paciência, admirada por todos até o fim. A modéstia e o pudor foram um
grande sinal de uma alma pura e boa, nos divertimentos mais inocentes de
sua infância. Amava os lírios e rezava o terço diariamente, revelando,
assim, sua confiança total em Nossa Senhora. Queixava-se, ainda, pelo
fato de São José, que tanto trabalhou e sofreu por Jesus e Nossa
Senhora, ser tão pouco honrado.
Nos últimos 49 dias de sua vida sofreu dolorosa enfermidade – paratifo,
suportada com paciência cristã. No leito de dor, dizia: “Eu vos ofereço,
oh meu Jesus, todos os meus sofrimentos pelas missões e pelas
crianças pobres (cf. Ef. 5, 1-2)”. No dia de sua morte, ocorrida em 25
de novembro de 1939, Odetinha recebeu a Sagrada Comunhão às 7h30, e na
ação de graças disse: “Meu Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo”.
Assim, serenamente, às 8h20, entregou sua alma inocente a Deus.
Ele escolhe tantas vezes os pequeninos para tornar mais evidente as
maravilhas de sua graça. “Foi arrebatada para que a malícia não lhe
mudasse o modo de pensar ou para que as aparências enganadoras não
seduzissem a sua alma” (Sb 4,11).
Seu túmulo situa-se na quadra 6, nº 850, no Cemitério São João Batista
(Botafogo). Até hoje é um dos mais visitados, sobretudo aos sábados e
domingos, por inúmeras pessoas que ali acorrem para agradecer
benefícios espirituais e temporais que atribuem à sua intercessão junto a
Deus. Sua biografia oficial, lançada no ano seguinte de sua morte pelo
padre Afonso Maria Germe, causou grande comoção na sociedade carioca.
RAPHAEL FREIRE
COLABORAÇÃO: MARCYLENE CAPPER E
PADRE JOÃO CLÁUDIO
PORTAL DA ARQUIDIOCESE DO RIO
O Globo edição on line
Ela nasceu em Madureira, no subúrbio do Rio, cresceu em Botafogo, na Zona Sul, e morreu aos 9 anos. Mas a procissão de devotos no túmulo da pequena Odette Vidal de Oliveira já se estende por mais de 70 anos. ‘Odetinha’, ou a ‘Santinha do São João Batista’, ou o ‘Lírio de Pureza e Caridade’ - títulos usados por católicos que eternizam a fé na menina - pode se tornar a primeira santa carioca. No entanto, a fama de milagreira da menina vai muito além do Rio de Janeiro. Em sua sepultura, no cemitério São João Batista, na Zona Sul, há homenagens feitas por fiéis do Piauí, de Pernambuco e do Paraná. O processo de canonização será lançado no dia 18 de janeiro de 2013, ano em que o Rio receberá milhões de católicos na Jornada Mundial da Juventude. No dia 20 de janeiro, os restos mortais de Odetinha seguirão na procissão de São Sebastião.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Igreja São Daniel Profeta - Um Niemeyer na favela
Igreja
projetada por Oscar Niemeyer, foi inaugurada em 1960. Com pinturas da
via sacra do pintor fluminense Alberto da Veiga Guinard que faleceu dois
anos depois.
Foi tombada por decreto municipal em 1998, junto com outras obras do arquiteto.
É tombada também pelo Iphan.
Na foto, podemos ver os preparativos para a inauguração da Igreja.
Ela fica no Parque São José, Manguinhos (de acordo com o site da prefeitura e site da Arquediocese do Rio).
Fonte: http://fotolog.terra.com.br/carioca_da_gema:444
Um Niemeyer na Favela: Igreja São Daniel, em Manguinhos, está abandonada
Violência e falta de atenção do Estado colaboraram com deterioração e sumiço de obras de arte.
Um dos primeiros projetos de Oscar Niemeyer, falecido na semana
passada, em uma favela, a Igreja de São Daniel Profeta, ainda que
tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), é mais
uma obra do famoso arquiteto que há anos está abandonada.
Inaugurada em 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek, a
Capela, que fica no bairro São José Operário, na Comunidade de
Manguinhos, Zona Norte do Rio, deteriora-se há tempos. Niemeyer, porém,
já não citava a igreja entre seus projetos de templos religiosos,
deixando-a de fora, inclusive, do livro “Igrejas de Oscar Niemeyer”,
lançado em agosto de 2011 pela Editora Nosso Caminho, como informou o
Jornal do Brasil na reportagem “As catedrais do Comunista”.
Moradores já se queixavam em 1967 – um ano após o tombamento da
capela – do seu problema de infiltração, instalação elétrica, umidade,
danos nos pisos, infestação de cupins e a degradação dos 14 quadros da Via Sacrapintada por Guignard, uma verdadeira obra de arte, como publicado
Abandono pelo estado
O projeto sofreu modificações. Afinal, se hoje a Igreja continua de
pé, foi por conta da iniciativa dos próprios moradores que há anos
cobram providências pela manutenção do prédio histórico. A única – e
pequena – intervenção para conservá-la partiu dos moradores de
Manguinhos. A conselheira de Saúde e Meio Ambiente, bolsista da Fiocruz,
Geralda da Paz, de 52 anos, há 32 na comunidade, expôs as dificuldades:
“Durante muito tempo, as missas eram celebradas debaixo de sol ou de
chuva, já que tudo estava destruído. Depois de mais de 15 anos tentando
uma intervenção do Inepac, desistimos e, com muito custo, conseguimos
fechar a Igreja com esses tijolinhos. O piso é um horror. Nós
improvisamos. Os idosos tropeçam bastante. Além disso, os bancos estão
quebrados, o som é horrível e temos ventiladores estragados”, contou
ela.
Desde novembro de 2010, quando representante dos moradores se reuniu
com a diretora do Departamento do Patrimônio Cultural e Natural do
Inepac, Liana Carneiro Monteiro e pesquisadores da Fiocruz, que se
prometeu conseguir recursos para a reforma do templo. O dinheiro, porém, ainda não apareceu:
“A igreja é amada e esse é o grande objetivo de um bem cultural. Como
não temos recursos suficientes para as mais de duas mil edificações
tombadas no Estado do Rio, nos comprometemos a ajudar na construção de
um projeto de conservação e a buscar recursos para as obras”, disse
Liana.
Traficantes impunham suas leis
Cercada atualmente por várias favelas, a igreja foi erguida numa
época em que Manguinhos ainda era pouco habitada. No entanto, a
criminalidade e o tráfico se apoderaram do local, fazendo com que a obra
do famoso arquiteto fosse alvo constante dos bandidos: “Isso aqui está
abandonado pelas autoridades. Não temos ajuda de ninguém, mas fazemos o
que está ao nosso alcance para manter a igreja. Hoje estamos em paz.
Porém, com a entrada de pessoas de fora e da violência em Manguinhos, a
capela já foi depósito de defunto, esconderijo de ‘bagulho’ e lugar de
‘cracudo’”, disse um morador da comunidade.
Como a maioria dos desenhos de Oscar, a capela tem formato circular. O
fato curioso é que vista de cima ela lembra uma hóstia. Feita toda de
concreto armado, com capacidade para 50 pessoas, ela possui 15 metros de
diâmetro e 3,2 m de altura. Originalmente o projeto arquitetônico era
cercado por vidraças trazidas da Suíça.
Os tiroteios e ataques violentos os despedaçaram. E, sem dinheiro
para substituir vidros franceses ou brasileiros, os moradores colocaram,
no lugar deles, tijolos vazados. “Enquanto o padre aceitou o que aquela
‘turma’ queria e fazia, destruindo o lugar, tudo bem, mas quando ele se
queixou de que a igreja não servia para o que eles andavam fazendo, aí é
que eles acabaram com tudo mesmo”, disse uma antiga residente da
região.
A igreja, que pertence à Paróquia Santa Bernadete, atualmente tem
cerimônias comandadas pelo padre Geraldo José Natalino, como missas aos
domingos, além de aulas de Catequese, Crisma, algumas feitas na casa
paroquial também construída pelos moradores na Rua Ceará, próxima dali.
Sumiços de obras de arte nunca foram explicados
Quatorze quadros da Via Sacra, pintados em 1961 por Alberto
da Veiga Guignard, a pedido de Niemeyer, compunham a capela São Daniel
Profeta, que possuía ainda a estátua de São Daniel, o profeta, feita em
um molde criado por Aleijadinho, além de um jardim de Paulo Ataíde.
Conforme contam Geralda e sua vizinha, Maria da Penha, a estátua
feita pelo molde do Aleijadinho foi levada pelo Estado e nunca mais se
soube dela. Já os quadros, segundo atestam, foram retirados por uma
suposta “madame” que também não os trouxe de volta.
De acordo com Geralda, as diversas enchentes pelas quais o bairro
passou – e ainda passa -, destruíram a igreja e o seu jardim “Eu ainda
não estava aqui quando retiraram os jardins, mas o que é dito é que foi
necessário acabar com ele. Foram e continuam sendo muitas as enchentes. A
água levou tudo”, explicou a moradora.
Maria da Penha, com 80 anos de idade, ainda sonha em ver melhoria na
capela: “queremos construir um segundo andar no projeto e que trocassem o
piso, que é muito ruim”. Entretanto, até hoje, de acordo com os
moradores, nenhuma autoridade procurou a comunidade para dar apoio à
igreja, sendo assim, nada foi feito.
O Jornal do Brasil contatou a assessoria da Secretaria Estadual de
Cultura do Rio de Janeiro, órgão responsável pelo Inepac, para dar conta
do sumiço das obras de arte e do compromisso firmado em 2010 de “ajudar
na construção de um projeto de conservação e a buscar recursos para as
obras”. Em resposta, “o Inepac informa que continua tentando viabilizar
os recursos e que agora, com a pacificação e as intervenções do PAC na
área, está com esperança renovada”. Por Íris Marini
Fonte Jornal do Brasil de 14 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Moradores de Braz de Pina protestam contra a falta d'agua
Nesse dia 12 de dezembro de 2012 moradores de Braz de Pina atearam fogo a pneus em protesto contra a falta d'agua, fechando a Rua Itabira principal rua do bairro e causando um imenso congestionamento. Policia e bombeiros foram mobilizados, Helicopteros da imprensa sobrevoaram o local. Enfim Braz de Pina apareceu na mídia. A Cedae explicou que o motivo da falta d'agua seria a bomba que está sendo consertada, e prometeu que a situação será normalizada nas próximas horas. Vamos aguardar.
sábado, 8 de dezembro de 2012
Presépio no Rio Comprido
O público do Rio de Janeiro pode conferir, até o dia 23 de dezembro, o
maior presépio da cidade, montado com miniaturas do século 18 e 19 que
representam a cidade de Nápoles. Ele está exposto no Centro Cultural da
Fundação Cesgranrio, no Rio Comprido, zona norte do Rio.
A maquete de 90 metros quadrados conta com 3.500 peças das quais 80%
são em terracota. Na grande maioria, as miniaturas vieram da Itália. De
acordo com o produtor cultural do espaço, Anton Vasconcellos, as
relíquias foram compradas separadamente e a exposição atual brinca com a
história do Natal.
“O presépio mistura Nápoles do século 18 com Jerusalém na época do nascimento do menino Jesus. Tem toda uma historinha na montagem desse presépio: é um garoto que sonha, na época do Natal, que o nascimento do Menino Jesus está sendo na cidade dele”.
“O presépio mistura Nápoles do século 18 com Jerusalém na época do nascimento do menino Jesus. Tem toda uma historinha na montagem desse presépio: é um garoto que sonha, na época do Natal, que o nascimento do Menino Jesus está sendo na cidade dele”.
Dessa forma, o presépio não retrata apenas o tradicional estábulo com
a manjedoura, e sim toda a cidade de Nápoles em festa, com dança e
comidas típicas da região italiana. “Alguns bonecos são articulados, é
uma festa, até para fazer uma alusão de que o nascimento de Cristo é uma
festa, é uma ocasião, se não a mais, das mais alegres que já aconteceu.
Então, tem toda essa mistura, tem essa brincadeira, tem o palácio de
Herodes ao fundo, tem o povo dançando, o povo fazendo festa”, explica o
produtor.
A visitação é de quarta-feira a domingo, das 10h às 18h. Às
sextas-feiras, sábados e domingos também é encenado o espetáculo
infantil O dia que o Papai Noel Foi Raptado. O ingresso é 1 quilo de
alimento não-perecível. Os produtos recolhidos serão doados para a
Comunidade Emanuel, em Botafogo. (ABr)
Data: Até 23/Dezembro
Endereço: Rua Santa Alexandrina, 1022 – Rio Comprido
Local: Fundação Cesgranrio, prédio anexo ao campus (antigo Le Buffet)
Descrição:
Informações: Centro Cultural Cesgranrio: Tel. 2103-9600
Sem
perder o foco principal – o nascimento de Jesus – o Centro Cultural
Cesgranrio oferece uma programação de encantar as crianças e até os
adultos.
Uma das atrações mais esperadas é o Presépio Napolitano,
o maior apresentado em maquete da cidade, montado com mais de 3.500
peças dos séculos XVIII e XIX. Algumas se movimentam, dando ainda mais
graça à miniatura.
Ocupando uma área de 80 metros quadrados e
cinco metros de altura, o presépio apresenta a Sagrada Família de Belém,
porém cercada do cotidiano napolitano: as feiras de verduras, frutas e
pescados, a mesa posta nas casas iluminadas em que muitos comem e bebem,
os ciganos em festa com música e dança, todos sintetizando a alegria
pelo nascimento do Menino Deus. A estrutura é uma alusão ao despertar da
fé, pois retrata o nascimento Jesus na região de Nápoles, na Itália,
séculos após o nascimento do menino Deus.
Outra atração é a
cidade do Papai Noel, que é uma verdadeira coleção de figuras de Papai
Noel nas mais diversas situações e locais como na praia, numa banda, em
diferentes tipos de carro, dançando. A maquete que ilustra o típico
Natal nos Estados Unidos na década de 60, também com peças que se movem,
mostra o Papai Noel sobrevoando a cidade com seu trenó repleto de
brinquedos. Como o objetivo é resgatar o verdadeiro espírito natalino,
várias imagens do bom velhinho estão ajoelhadas em agradecimento ao
menino Jesus.
Para entrar ainda mais no clima natalino, o
espetáculo “O dia que o papai Noel foi raptado”. No auditório, com
capacidade para 80 pessoas, as crianças vão se encantar com a história.
Haverá lanchonete para garantir a diversão completa da família.
Programação:
Presépio: de 4ª a dom das 10h às 18h
Cidade do Papai Noel: de 4ª a dom das 10h às 18h
Espetáculo infantil “O dia que o papai Noel foi raptado”: sex, sáb e dom às 16h
Papai Noel: de 4ª a dom das 13h às 18h (para tirar foto)
Ingresso: 1 kg de alimento
Estacionamento é gratuito.
Fonte Manchete on line
Rio 40 Graus o filme
Realizado na década de 50 e inspirado no neo-realismo italiano, Rio, 40 graus reflete
as bases do movimento estético-cultural denominado Cinema Novo,
realizado nas ruas com cenários e com diálogos naturais. No
longa-metragem, o calor sufocante da cidade representa o elo entre as
histórias que se desenrolam, num típico domingo carioca, através de
cinco pequenos vendedores de amendoim. Copacabana, Pão de Açucar,
Corcovado, Quinta da Boa Vista e Estádio Maracanã são alguns dos pontos
onde as cenas acontecem.
O filme tem produção de Mario Barros, Freire Ciro Cri e Nelson
Pereira dos Santos, direção de fotografia de Hélio Silva, edição de
Rafael Valverde. No elenco, Roberto Bataglin, Glauce Rocha, Jece
Valadão, Ana Beatriz, Modesto de Souza, Cláudia Morena, Antonio Novais e
Arina Serafim.
O diretor
Cineclubista em São Paulo, onde nasceu, em 1928, Nelson Pereira dos
Santos entrou para o cinema como assistente de direção de Rodolfo Nanni,
em O Saci (1951-1953). Já no Rio, para onde se muda em 1953, trabalhou como assistente de Alex Viany, em Agulha no Palheiro, e Paulo Wanderley, em Balança Mas Não Cai, cujas filmagens concluiu.
Entre 1957 e 1960, trabalhou como jornalista e tentou produzir uma versão do romance de Graciliano Ramos, Vidas Secas,
frustrada por uma enchente e outros contratempos. Para aproveitar a
viagem e em condições as mais precárias, improvisou no interior baiano
um bangue-bangue sertanejo, Mandacaru Vermelho (1960), co-estrelado por ele próprio. Vidas Secas só chegaria às telas três anos mais tarde, antecedido de uma adaptação de Nelson Rodrigues, O Boca de Ouro (1962).
Com El Justicero (1967), trocou o subúrbio do Rio e a caatinga
nordestina pelas frivolidades da zona sul carioca. Ainda eram burgueses
os personagens do filme seguinte, Fome de Amor (1968), só que vistos por ótica bem diversa, mais crítica e moderna.
Adaptações literárias - de Machado de Assis (Azyllo Muito Louco,
1969), Jorge Amado (Tenda dos Milagres, 1977, e Jubiabá, 1986),
Graciliano Ramos (Memórias do Cárcere, 1983) e Guimarães Rosa (A Terceira Margem do Rio, 1993) - complementam sua obra, marcada, ainda, por uma aventura cômico-antropofágica ambientada no Brasil quinhentista (Como era gostoso o meu francês, 1970) e por uma volta ao ambiente popular suburbano (O amuleto de Ogum, 1974).
Nelson Pereira dos Santos ganhou prêmios em festivais nacionais e
internacionais (Cannes, Havana, Polônia). Em reconhecimento a seu
trabalho, já foram organizadas mostras e retrospectivas em países como
França, Itália, Canadá, EUA e Japão, entre outros.
Fontes: Cineclube Baixa Augusta
Site UFMG
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