domingo, 4 de agosto de 2013

A LENDA DA PEDRA DA CRUZ

                                                            Mapa de João Teixeira Albernaz - 1666
Este documento foi um dos primeiros a mostrar a expansão do povoamento da cidade às margens da Baía de Guanabara. E foi nessa orla que aconteceu essa história, resgatando a origem de um local que está quase esquecido dos cariocas.
Você já ouvir falar do Engenho da Pedra? Era uma enorme fazenda que abrangia os atuais bairros de Olaria, Ramos, Bonsucesso e parte de Manguinhos, ocupando a maior faixa do Mar de Inhaúma, entre o porto de Maria Angu (Ramos) e a Ponta do Caju. O engenho era favorecido pelos rios Faria e Timbó para navegação e irrigação das lavouras.
O nome "da Pedra" refere-se a uma certa rocha no mar (uma laje), indicada por João Teixeira Albernaz no mapa acima e que era utilizada como referência à localização do engenho. Essa pedra existe ainda hoje, no canal entre o litoral de Ramos e a Ilha do Governador.
Geração após geração, desde meados do século 18, os pescadores da região vêm repassando a lenda da laje, que também ficou conhecida como "Pedra da Cruz". Eles contam que nela havia uma cruz de ferro de um metro de altura, colocada pelos pescadores como marco de um naufrágio que aconteceu no regresso de um casamento realizado na Igreja da Penha. 
Um temporal surpreendeu os navegantes nesse terrível canal marítimo. A preamar havia ocultado algumas pedras, submergindo-as, e o barco foi de encontro a elas, afundando. Morreram os noivos e os convidados, salvando-se somente um remador, que narrou a tragédia.
Em 1638, as terras do Engenho da Pedra foram designadas como fazenda e abrigavam também uma capela dedicada a Santo Antônio. Da antiga casa-sede restam algumas ruínas, que foram ocupadas pela Favela da Igrejinha, na elevação onde está a Igreja de N. Sr.ª da Conceição de Ramos.

Notas
1) O círculo vermelho no mapa acima indica a  Pedra da Cruz
2) Mapa aquarelado, com toques a ouro, sobre papel encorpado - 25x37 cm -  Livro de Toda a Costa da Provincia de Santa Cruz, 1666

http://serqueira.com.br/mapas/pcruz.htm

sábado, 11 de maio de 2013

Centenário de Jamelão - O Intérprete da Mangueira

José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido como Jamelão (Rio de Janeiro, 12 de maio de 1913 – Rio de Janeiro, 14 de junho de 2008), foi um cantor brasileiro, tradicional intérprete dos sambas-enredo da escola de samba Mangueira. Nasceu no bairro de São Cristóvão e passou a maior parte da juventude no Engenho Novo, para onde se mudou com seus pais. Lá, começou a trabalhar, para ajudar no sustento da família - seu pai havia se separado de sua mãe. Levado por um amigo músico, conheceu a Estação Primeira de Mangueira e se apaixonou pela escola de samba.
Ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Começou ainda jovem, tocando tamborim na bateria da Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
Passou para o cavaquinho e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Foi "corista" do cantor Francisco Alves e, numa noite, assumiu o lugar dele para cantar uma música de Herivelto Martins.
LP de 1974
A consagração veio como cantor de samba. Sua primeira gravadora foi a Odeon. Depois, trabalhou para a Companhia Brasileira de Discos, Philips e mais tarde para a Continental, onde gravou a maioria de seus álbuns, para a RGE e depois para a Som Livre. Entre seus sucessos, estão "Fechei a Porta" (Sebastião Motta/ Ferreira dos Santos), "Leviana" (Zé Kéti), "Folha Morta" (Ary Barroso), "Não Põe a Mão" (P.S. Mutt/ A. Canegal/ B. Moreira), "Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim), "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brites/ Aluisio da Costa), "Eu Agora Sou Feliz" (com Mestre Gato), "O Samba É Bom Assim" (Norival Reis/ Helio Nascimento) e "Quem Samba Fica" (com Tião Motorista).
De 1949 até 2006, Jamelão foi intérprete de samba-enredo na Mangueira, sendo voz principal a partir de 1952, quando sucedeu Xangô da Mangueira. Em janeiro de 2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Também Foi intérprete da Escola de Samba Paulistana Unidos do Peruche nos anos de 1988,1989,1994 e 1998 e sempre foi recebido com muita estima pela comunidade. Diabético e hipertenso, Jamelão teve problemas pulmonares e, desde 2006, sofreu dois derrames. Afastado da Mangueira, declarou em entrevista: "Não sei quando volto, mas não estou triste."
Morreu às 4hs do dia 14 de junho de 2008, aos 95 anos, na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em sua cidade natal, por falência múltipla dos órgãos. O enterro foi no Cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.
 
Fonte: Wikipedia

No ano do centenário de seu maior intérprete, a Mangueira preferiu "homenagear" a cidade de Cuiabá. Coube a Unidos do Jacarezinho prestar essa homenagem no grupo de acesso.

"Eu aprendi a gostar do Vasco muito garoto, primeiro por uma questão de simpatia pela camisa, depois pela atitude bacana do clube, incluindo jogadores de cor em sua equipe, num gesto pioneiro no Brasil em times de futebol. Essa iniciativa me cativou definitivamente e me sinto felicíssimo, hoje, pela minha escolha de menino.
Jamelão, sobre seu amor pelo Vasco
Fonte Supervasco.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Nilton Bravo - O Michelangelo dos botequins


Nilton Bravo, nos anos 50 e 60, foi o artista plástico mais presente no dia-a-dia do carioca.Em cada botequim da esquina, tinha a arte de seus painéis coloridos, retratando imagens da cidade.
Nilton foi chamado pelo escritor Carlos Heitor Cony, de o Michelangelo dos botequins.
Seus murais nos bares são como o ovo cor-de-rosa ou a serragem próxima do balcão. Ítens da maior carioquice.
Na família Bravo, o talento veio de longe. Em 1885, Manoel Pinto Bravo, avô de Nilton, já se dedicava à pintura de painéis em restaurantes cariocas. A herança foi repassada para Lino Pinto Bravo, pai de Nilton, que foi o grande responsável pelo início de sua carreira.
Aos 13 anos, Nilton já ajudava o pai na pintura de murais e painéis em residências, igrejas e bares. Aliás, pai e filho, conta-se " trabalhavam ao mesmo tempo em uma curiosa parceria: o pai (que era canhoto) começava a pintura de um lado, o filho (destro) do outro e, geralmente, terminavam a obra juntos."
Depois disso, Nilton passou grande parte de sua vida pintando as paredes de bares do rio de janeiro. É um dos pintores mais vistos do país e suas obras estão espalhadas pelo mundo todo. Um curta-metragem sobre sua trajetória artística, produzido por Luiz Alphonsus, é exibido com freqüência no Museum of Modern Art, o MOMA, de Nova York.
Conhecido como a embaixada carioca em são paulo, o bar Pirajá homenageia o Rio de Janeiro, exibindo com orgulho em uma de suas paredes, um mural assinado pelo mestre Nilton Bravo.Nilton Bravo também participou na elaboração dos painéis no carnaval da escola de samba União da Ilha, de 1991, que desfilou com o excelente enredo De Bar em Bar, Didi, Um Poeta.


Painel de Nilton Bravo, de 1963, que decora o Restaurante Sírio e Libanês, na Rua Senhor dos Passos 217. Foto Bairros.com de O Globo.


Painel de Nilton Bravo no Bar Canto do Minho no Grajaú. Foto Blog A Vida numa Goa.

Alguns de seus painéis, como o da Praça da Harmonia, na Gamboa, foram tombados pela prefeitura, mas infelizmente muita coisa foi perdida do singular trabalho deste artista, por falta de preservação dos proprietários de botequins.
Carioca, Nilton Bravo nasceu em março de 1937 vindo a falecer em setembro de 2005.

 Painel de Nilton Bravo no Bar Brasilia em Cachambi. Foto Blog A Vida numa Goa.


Montagem com diversos paineis de Nilton Bravo - Blog Rio que mora no Mar

Agora vai me dizer que quando entrar num boteco daqueles antigos voce não vai ver se acha um painel do Nilton Bravo?


Fontes:
Blog Rio que mora no mar
Blog  A vida numa Goa
Bairros.com de O  Globo
Cidaderiodejaneiro.olx.com.br

terça-feira, 30 de abril de 2013

Tenorio, Capa Preta e Lurdinha, historias de Caxias City



Natalicio Tenorio Cavalcanti de Albuquerque nascido em Quebrangulo, Alagoas, chegou em Duque de Caxias no final dos anos 20 para se transformar num dos políticos mais poderosos e influentes da história da Baixada Fluminense. Sua marca registrada era a metralhadora Lurdinha - presente do general Gois Monteiro que ele carregava no ombro escondida sob uma indefectível capa preta. O estilo agressivo de enfrentar os adversários - muitas vezes, violento - acabou criando um aura de mito ao redor de Tenório. Político auto-didata, o homem da capa preta desafiou a elite e a corrupção que dominavam Duque de Caxias.

Chamado pelos cabos eleitorais de "rei da Baixada", e pelos adversários políticos de "deputado pistoleiro", o homem da capa preta logo virou inimigo número um da elite local. Ao longo de sua carreira, acumulou inimigos e desafetos.


Lutando por melhorar a qualidade de vida para a população, foi eleito para a Câmara Municipal de Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, em 1936. Cumpriu o mandato até a decretação do Estado Novo, em 1937.

Já em 45, filiou-se à União Democrática nacional, conseguindo ser eleito deputado na Assembleia Constituinte estadual em 1947, fazendo oposição ao pessedista Amaral Peixoto. Quando eleito, passou a ajudar ainda mais o povo. Arrumou briga com banco por causa das terras ocupadas, dava dinheiro para comprar comida e mandava entregar remédio em casa aos doentes.

Apesar de ter apoio do povo, Cavalcante não era bem visto por seus adversários. Sofreu várias atentados, conseguindo se livrar de todos eles. Logo após cada atentado, fazia um discurso chamando a massa para apoiá-lo cada vez mais.

Em 1954, fundou o jornal Luta Democrática, obtendo nas eleições desse ano a maior votação para deputado federal do Estado. Foi novamente eleito em 1958. Mesmo assim, Tenório não conseguiu ser eleito para governador da Guanabara em 1960, perdendo para Carlos Lacerda, e para governador do Estado do Rio de Janeiro, em 1962, perdendo para Badger da Silveira.
Tenorio X ACM
Ao discursar na Câmara dos Deputados, acusou Clemente Mariani, presidente do Banco do Brasil, de desvio de verbas. Revoltado com a ofensa, o amigo Antônio Carlos Magalhães, então deputado e Baiano como Mariani, defendera o conterrâneo respondendo que “vossa excelência pode dizer isso e mais coisas, mas na verdade o que vossa excelência é mesmo, é um protetor do jogo e do lenocínio, porque é um ladrão.”

Nesse instante, o homem da capa preta, pegou o seu revólver e berrou: “Vai morrer agora mesmo!”. Nesse instante alguns membros tentaram impedir, outros tentaram fugir de medo. ACM mandou atirar, mesmo com muito medo. Segurou o microfone e falou novamente: “Atira”. Porém, teve uma incontinência urinária e molhou o chão a sua volta. Vendo isso, Tenório resolveu não atirar. Recolheu a arma dizendo que “só matava homem”.

LURDINHA:
Lurdinha era, como ele chamava carinhosamente, a sua submetralhadora MP40, de fabricação alemã, similar àquelas utilizadas por soldados nazistas durante a segunda guerra mundial. Ganhou do general Gois Monteiro, seu grande amigo.

Era com ela que Tenório desfilava pelas ruas da Baixada Fluminense, impondo seu poder e espalhando o medo nos seus adversários. Por diversas vezes, a usou para trocar tiro com os executores dos seus atentados.

O INÍCIO DA DECADÊNCIA:
Como o seu poder estava fugindo do controle, seus adversários resolveram chamar o delegado paulista Albino Imparato (no filme cita o nome como sendo Lino Maragatto), para dar conta do seu ímpeto populista e agressivo. O delegado não deu sossego, começou a botar ordem na baixada, levando muito nordestino preso. Tenório e seus aliados também passaram a ser perseguidos dia e noite, tendo até a sua casa metralhada e a sua família ameaçada. Nessa época alguns de seus comparsas foram assassinados.

Após tanto se esconder e se sentir acuado, o Homem da Capa Preta buscou conversar com Imparato, dizendo que não buscaria a iniciativa, mas reagiria a qualquer provocação. Explicando ainda que isso seria um princípio da física. Apesar da conversa nada mudou, e o então delegado foi encontrado metralhado dentro do seu carro.

Cavalcante foi acusado por participar diretamente no crime. Nessa ocasião suas duas residências – a fortaleza de Caxias e o apartamento de Copacabana – foram cercadas por policiais fortemente armados. Todo o cerco à casa de Tenório só foi suspenso com a intervenção de Nereu Ramos, presidente da Câmara, Osvaldo Aranha, ex-ministro da Fazenda, e Afonso Arinos, então deputado e futuro senador, que foram até lá resolver o imbróglio.

Tenório Cavalcante aos poucos foi perdendo poder. No episódio com o deputado ACM, teve suas armas apreendidas e seus direitos políticos cassados pelo governo militar de 1964 com a interveniência direta de Antônio Carlos Magalhães, então deputado pela ARENA.

Ao se afastar da política, foi sumindo do cenário e deixando de colocar medo nos adversários. Até ficar completamente esquecido, até mesmo pelo povo.

Acabou falecendo de pneumonia aos 82 anos, em 5 de maio de 1987

Fonte: 
http://andrigomania.blogspot.com.br/2011/01/tenorio-cavalcante-o-homem-da-capa.html

terça-feira, 23 de abril de 2013

A Verdadeira Historia de São Jorge


Hoje dia 23 de abril se comemora o dia do santo mais popular do Rio de Janeiro, tanto é assim que desde 2001 é feriado municipal e a partir de 2008 passou a ser tambem feriado estadual.
Mas voce conhece a historia do Santo Guerreiro?
Continue lendo o texto que compartilhei do blog hermesfernandes.com.
Boa leitura.

Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge de Anicii. Filho de pais cristãos, converteu-se a Cristo ainda na infância, quando passou a temer a Deus e a crer em Jesus como seu único e suficiente salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe, após a morte de seu pai. Tendo ingressado para o serviço militar, distinguiu-se por sua inteligência, coragem, capacidade organizativa, força física e porte nobre. Foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade.

Tantas qualidades chamaram a atenção do próprio Imperador, que decidiu lhe conferir o título de Conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Nessa mesma época, o Imperador Diocleciano traçou planos para exterminar os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses. Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande coragem sua fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens.

Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nEle confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade." Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o Imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Porém, este santo homem de DEUS jamais abriu mão de suas convicções e de seu amor ao SENHOR Jesus. Todas as vezes em que foi interrogado, sempre declarou-se servo do DEUS Vivo, mantendo seu firme posicionamento de somente a Ele temer e adorar.

Em seu coração, Jorge de Capadócia discernia claramente o própósito de tudo o que lhe ocorria: “... vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isso vos acontecerá para que deis testemunho”. (Lucas 21.12:13 – Grifo nosso). A fé deste servo de DEUS era tamanha que muitas pessoas passaram a crer em Jesus e confessa-lo como SENHOR por intermédio da pregação do jovem soldado romano. Durante seu martírio, Jorge mostrou-se tão confiante em Cristo Jesus e na obra redentora da cruz, que a própria Imperatriz alcançou a Graça da salvação eterna, ao entregar sua vida ao SENHOR. Seu testemunho de fidelidade e amor a DEUS arrebatou uma geração de incrédulos e idólatras romanos.

Por fim, Diocleciano mandou degolar o jovem e fiel discípulo de Jesus, em 23 de abril de 303. Logo a devoção a “São” Jorge tornou-se popular. Celebrações e petições a imagens que o representavam se espalharam pelo Oriente e, depois das Cruzadas, tiveram grande entrada no Ocidente. Além disso, muitas lendas foram se somando a sua história, inclusive aquela que diz que ele enfrentou e amansou um dragão que atormentava uma cidade...

Em 494, a idolatria era tamanha que a Igreja Católica o canonizou, estabelecendo cultos e rituais a serem prestados em homenagem a sua memória. Assim, confirmou-se a adoração a Jorge, até hoje largamente difundida, inclusive em grandes centros urbanos, como a cidade do Rio de Janeiro, onde desde 2002 faz-se feriado municipal na data comemorativa de sua morte.

Jorge é cultuado através de imagens produzidas em esculturas, medalhas e cartazes, onde se vê um homem vestindo uma capa vermelha, montado sobre um cavalo branco, atacando um dragão com uma lança. E ironicamente, o que motivou o martírio deste homem foi justamente sua batalha contra a adoração a ídolos...

Apesar dos engano e da cegueria espiritual das gerações seguintes, o fato é que Jorge de Capadócia obteve um testemunho reto e santo, que causou impacto e ganhou muitas almas para o SENHOR. Por amor ao Evangelho, ele não se preocupou em preservar a sua própria vida; em seu íntimo, guardava a Palavra: “ ...Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1.20). Deste modo, cumpriu integralmente o propósito eterno para o qual havia nascido: manifestou o caráter do SENHOR e atraiu homens e mulheres para Cristo, estendendo a salvação a muitos perdidos.

Se você é devoto deste celebrado mártir da fé cristã, faça como ele e atribua toda honra, glória e louvor exclusivamente a Jesus Cristo, por quem Jorge de Capadócia viveu e morreu. Para além das lendas que envolvem seu nome, o grande dragão combatido por ele foi a idolatria que infelizmente hoje impera em torno de seu nome.


fonte:
 www.hermesfernandes.com


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Um paulista na corte do Rio de Janeiro - A historia do biscoito Globo



"Biscoito de polvilho como anéis e pulseiras, quem nunca fez?
Mas como o banhista é antes de mais nada um comediante, eis que deu vontade de comer algo salgadinho. Crocante. Esfarelento. Que gruda no céu da boca. Delícia mor, na praia então... E com uma cervejinha trincando ou com mate estupidamente gelado... É uma iguaria praiana bem carioca, mas que deveria ser exportada para todas as praias do mundo!"
Texto do blog o que não mata emagrece



Voce pode estar estranhando o titulo desta materia, mas pode acreditar o carioquíssimo biscoito Globo nasceu em São Paulo, mas foi aqui que ele fincou raízes e se tornou o prato mais tipico da gastronomia carioca. Que feijoada que nada.
Seja na praia, no Maracanã, num engarrafamento, é certo que terá um ambulante vendendo as versões doce e salgada do mais clássico biscoito de polvilho do mundo.
Com a mesma fórmula, o mesmo processo de produção e até a mesma embalagem de papel cheia de poluição visual desde 1955, o biscoito Globo foi criado dois anos antes pelos irmãos Milton, Jaime e João Ponce em São Paulo.
Eles acabaram se mudando para o Rio porque os cariocas adoravam aquele biscoito e porque é mais legal falar bixxxcoito que bissscoito.
Hoje, eles contam com uma rede de distribuição gigantesca formada por centenas de ambulantes, já que não possuem nenhum vendedor contratado. E nem precisam.
Todo dia, os ambulantes enfrentam uma fila monstruosa e concorrida na rua do Senado, no centro do Rio, tudo para comprar centenas de pacotes e vender por todo lugar do Rio.
O biscoito Globo – mais conhecido por “Olha o Grobo” – faz parte da história e da cultura do Rio de Janeiro. Se você vier ao Rio e não visitar o Pão de Açúcar ou o Cristo, é perdoável. Agora, deixar de experimentar o biscoito Globo, é um crime!
Texto blog Papo de Gordo


Assim nasceu uma tradição carioca...

O texto abaixo foi retirado do site do biscoito Globo.

A história dos Biscoitos Globo teve início no ano de 1953 quando os irmãos Milton, Jaime e João Ponce, em virtude da separação dos pais, foram morar com um primo que possuía uma padaria no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Os irmãos aprenderam a fazer biscoitos de polvilho com o primo, os quais eram vendidos nas ruas da capital paulista.

Em 1954, aproveitando o grande contingente de um congresso eucarístico no Rio de Janeiro, os irmãos Ponce resolveram vender seus biscoitos na capital carioca. Com base no sucesso das vendas os irmãos Ponce anteviram que, dadas as características do biscoito, o Rio de Janeiro seria o mercado ideal para seu produto.

O biscoito de polvilho foi batizado com o nome Globo, homônimo à padaria para a qual foram contratados, localizada em Botafogo. Iniciava-se então a história dos famosos biscoitos de polvilho. O ano era 1955 e os biscoitos eram vendidos nesta padaria e em mais sete outras, dos mesmos proprietários.

Notando a grande demanda pelo biscoitos, os irmãos Ponce passaram a vender o produto para outras redes de padarias e em 1963 formaram sociedade com um português, expert em pães, o Sr. Francisco Nunes Torrão, que se mantém até hoje. Esta nova empresa foi denominada oficialmente Panificação Mandarino Ltda.

E o negócio começou a crescer... 

Patrimonio Cultural Carioca 
 

Vendedores de mate e biscoito de polvilho são declarados Patrimônio Cultural Carioca

A prefeitura do Rio de Janeiro declarou os famosos vendedores de mate, limonada e biscoito de polvilho que circulam nas praias como Patrimônio Cultural Carioca.
A cerimônia, que contou com a presença do prefeito Eduardo Paes, foi realizada na praia do Leme, zona sul da cidade, no domingo 04 de março de 2012.
A partir da publicação do decreto no Diário Oficial do município, na segunda-feira 05 de março de 2012, os ambulantes que já se tornaram personagens da orla carioca serão considerados bens imateriais da cidade.
Os vendedores entram na lista de patrimônios culturais ao lado das baianas do acarajé, bate-bolas do carnaval, bares tradicionais e da festa de Iemanjá.
Fonte R7

E a concorrencia?


Nos últimos anos, o frequentador assíduo das praias cariocas se deparou com uma nova opção de alimentação, ainda que seu sabor e aparência sejam bastante conhecidos. O popular biscoito de polvilho Globo, desde sempre monopolista no mercado dos biscoitos de praia -- categoria que inaugurou, aliás --, ganhou um concorrente: o biscoito Extra. 
Fabricado pela Sortilege Produtos Alimenticios Ltda com a embalagem nos mesmos moldes do biscoito original, tambem nos sabores doce e salgado, e vendido da mesma maneira, as vezes até pelos mesmos vendedores. Tambem custam o mesmo preço. Outra detalhe engraçado ou estranho é o nome. Globo é nome de jornal e Extra tambem, mais uma coincidencia? De qualquer maneira tem espaço pra todo mundo.

Nova embalagem? Nunca!!!!!!!!


 Biscoito Globo em embagem plastica? 
Ah bom, à venda apenas nas casas de biscoito 




domingo, 7 de abril de 2013

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sexta-feira, 29 de março de 2013

Sabado de Aleluia - Vamos malhar o Judas

                                                         Quadro de Camilo Tavares

Sábado de Aleluia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
  
O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. 
Na tradição católica, é costume os altares serem desnudados, pois, tal como na Sexta feira santa, não se celebra a Eucaristia. As únicas celebrações são as que fazem parte da liturgia das horas. Além da Eucaristia, é proibido celebrar qualquer outro sacramento, excepto o da confissão. São permitidas exéquias, mas sem celebração de missa. A distribuição da comunhão eucarística só é permitida sob a forma de viático, isto é, em caso de morte.
Muitas das igrejas de comunhão anglicana seguem estes mesmos preceitos. Já a Igreja Ortodoxa, bem como os ritos católicos orientais, seguem as suas próprias tradições e possuem terminologia própria para estes dias e respectivas tradições e celebrações. Como é de esperar, apesar de a Páscoa e os dias relacionados serem importantes para todas as tradições cristãs, do Mormonismo ao Catolicismo, as celebrações variam grandemente.
O Sábado Santo pode cair entre 21 de março e 24 de abril No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.
Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.
 
Deu no Jornal Folha de Pernambuco

Qual adolescente de hoje sabe o que é a brincadeira da malhação de Judas? Ela é uma tradição ligada a Semana Santa que, praticamente, sumiu das grandes cidades, mas ainda persiste na zona rural de municípios menores. Há alguns anos, hoje seria o dia de confeccionar um boneco, feito de serragem ou estopa, e vestido com calça, blusa, sapatos e demais adereços que lembrassem um homem de verdade. Depois de preparado, ele era amarrado em um poste até a hora fatídica. À meia-noite, era surrado em lembrança à traição de Judas Iscariotes a Jesus de Nazaré.

Antropologicamente, estudiosos atribuem o significado de malhar, ou matar, o Judas a exterminar um representante do mal que existe na sociedade. O bispo de Caruaru, Dom Bernardino Marchió, vai além e acredita que, ao malhar o boneco, as pessoas procuram se purificar. “Ele representa o desejo de combater dentro do ser humano o mal e o desrespeito”, disse o religioso. O bispo frisou que a prática não tem relação com a Igreja Católica.

A brincadeira tem origem na fé e religiosidade e remonta à Idade Média. O início da “surra” em Judas está na fundação do cristianismo, como conta o doutor em história e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Biu Vicente. “Temos que verificar que Judas é um personagem da história bíblica. E as religiões que surgiram após o incidente de Judas e sua traição a Jesus, quiseram encontrar uma maneira de culpar alguém pela morte de Jesus”, comentou o professor.

Segundo ele, a prática ganhou força desde que o cristianismo venceu os deuses, que eram seguidos em Ro­ma, e os escritos cristãos pu­seram sobre os judeus a responsabilidade da morte de Jesus. Paralelamente, entre os judeus, Judas foi es­colhido para ser responsabilizado pelos sofrimentos que Jesus passou. “Essa foi um política cultural seguida na Idade Média e na Idade Moderna, mas esse costume de encontrar algo ou alguém para assumir o erro de muitos já existia antes do cristianismo”, justificou Vicente.

Agora na lembrança da maioria, a malhação virou história de pais e avós do Interior. “Meus pais e avós passaram a tradição para mim. Era uma festa. Quem subia no poste e pegava o Judas primeiro ganhava até prêmio”, relembrou o comerciante Cicero Ludugero, de 58 anos. O autônomo José Orlando, 55, acredita que o tempo e a tecnologia acabaram com a prática da Semana Santa.


quarta-feira, 27 de março de 2013

O Genio do Crime


Seu Tomé é um homem bom, proprietário de uma fábrica de figurinhas de futebol. Existem as fáceis e as difíceis, fabricadas em menor quantidade. Quem enche o álbum ganha prêmios realmente bons. Mas surge uma fábrica clandestina que fabrica as figurinhas difíceis e as vende livremente. O número de álbuns cheios aumenta e seu Tomé não tem mais capacidade de dar todos os prêmios. Há uma revolta, as crianças querem quebrar a fábrica. Edmundo, Pituca e Bolachão, e mais adiante, Berenice, entram em cena para descobrir a fábrica clandestina. Acontece que não se trata de simples bandidos, a quadrilha é chefiada por um gênio do crime, e os meninos terão de botar a cabeça para funcionar se quiserem resolver a situação.

Esse é o texto de apresentação do Livro de J.C. Marinho Silva, O Genio do Crime.
Estudava na escola São Paulo de Braz de Pina, Galba era o meu professor de portugues e indicou esse livro para o trabalho do mês. Quem estudou na escola São Paulo nos anos 70 -80 e não sabe quem é Galba Saturnino da Silveira? Hoje na escola São Paulo tem uma sala com o nome dele. Justa homenagem.
Lembro como se fosse hoje, assim que peguei o livro, fui lendo, lendo, e acabei lendo ele inteirinho de uma tacada só. E não é livrinho fino não. 
Com personagens bem construidos, tem um universo familiar a todos os garotos daquele tempo  com album de figurinhas que davam premios, escola, hora do recreio, amigos inseparáveis, futebol, um genio do crime,  clima de misterio e um final surpreendente.
O Genio do Crime foi um livro que marcou uma geração, infelizmente emprestei o exemplar que eu tinha e fiquei sem. Anos depois comprei outro e vira e mexe dou uma lidinha.

 O Genio do Crime ganhou um subtitulo anos depois, "Uma aventura da turma do Gordo".
J.C. Marinho escreveu mais livros com a mesma turma, assim O Genio do Crime acabou sendo o primeiro dos livros dessa coleção.  Ah esse gordo aí do subtitulo é na verdade o Bolacha, um dos meninos que desvendam o misterio.  


segunda-feira, 18 de março de 2013

A Literatura de Cordel

                        A literatura de Cordel no Pavilhão de São Cristóvão
                                        Foto O Estado de São Paulo


A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.




A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.

De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.
 
                                           Foto Site do Centro de Tradições Nordestinas
                                                
 
                                            O Cordel na "Feira dos Paraibas"


É comum encontrar diversas carrocinhas dentro do pavilhão de São Cristóvão vendendo folhetos de literatura de cordel. Com um pouco de sorte, você ainda encontra o autor do folheto vendendo sua própria obra. (foto: Victor Vasco) 

Fontes:
Site do Pavilhão de São Cristóvão
Blog Tradição Nordestina
Estadao.com.br

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Deixa Falar - Escola ou Bloco?


A primeira escola de samba da história, a Deixa Falar, na verdade nunca desfilou como escola de samba. Há duas versões para o fato de terem começado a chamá-la com esse “título”. A primeira: lá havia os chamados “professores do samba”, como Ismael Silva, Bide, Marçal, etc. A segunda: em frente a sua sede, havia uma escola normal, onde se ensinava português e matemática; na Deixa Falar, se ensinava samba!



A Deixa Falar foi fundada como bloco, em 12 de agosto de 1928. Lá foram inventados instrumentos como o surdo (criação de Alcebíades Barcelos, o Bide) e a cuíca (invenção de João Mina). Nos carnavais de 29 e 30, a Deixa Falar desfilou como bloco. Em 1931, já se organizava de outra forma, se preparando para, no carnaval de 1932, desfilar como rancho (os grupos de maior prestígio da época). Neste ano, quando aconteceu o primeiro desfile de escolas de samba, a Deixa Falar não quis participar do concurso – preferiu participar do desfile dos ranchos, concurso muito mais “importante”. E, em vez de sair às ruas com o samba característico, inventado por seus próprios componentes, desfilou com uma marcha-rancho.
O problema é que o desfile foi um desastre, e nem classificada a Deixa Falar foi. Passado o carnaval, a agremiação entrou numa crise complicadíssima. Integrantes da diretoria se acusavam de desvio de dinheiro! Já no dia 15 de fevereiro foi marcada uma reunião para que fosse feita uma prestação de contas do carnaval de 1932 – enquanto isso, os diretores iam se acusando mutuamente pelos jornais.
A reunião do dia 15 não aconteceu, porque muitos dos envolvidos não compareceram. Mas a ferida deixou marcas, e a Deixa Falar foi minguando, minguando, até que acabou, naquele mesmo ano! Em 1933, seus integrantes se juntaram aos da União das Cores e formaram a União do Estácio de Sá, cuja sede era no mesmo lugar da Deixa Falar.
E aí acabava a história da primeira escola de samba do Brasil, aquela que foi sem nunca ter sido e que acabou no ano em que houve o primeiro concurso das escolas. Apesar disso, a Deixa Falar tem importância fundamental nessa história, já que deixou como herança instrumentos que são usados até hoje na Avenida e criou uma forma diferente de se fazer samba. Viva a Deixa Falar!

 
Paulo Benjamim de Oliveira (Paulo da Portela), Heitor dos Prazeres, Gilberto Alves, Alcebíades Barcelos (Bide) e Armando Marçal caminham no bairro Engenho de Dentro